04/05/2017 - INDÚSTRIA SEM DESEMPENHO POSITIVO
Neste ano, a indústria continua sem desempenho positivo, no
agregado de 12 meses, recuando 3,8%, conforme o IBGE. Recuou 1,8% em março. No
primeiro trimestre, a retração é de 0,7%. Na passagem de fevereiro para março
as quatro grandes categorias econômicas da indústria tiveram resultado
negativo, destacando-se os bens de consumo duráveis, que recuaram 8,5%. Os bens
de capital, representados por máquinas, acessórios e equipamentos caíram 2,5%.
Os bens intermediários ou insumos para a produção industrial também se
reduziram 2,5%. Os bens de consumo não duráveis caíram 1,8%. Assim, em março,
das 24 atividades industriais pesquisadas, quinze tiveram retração. Nos outros
nove ramos houve crescimento.
O pico da produção industrial se deu em junho de 2013. De lá
para cá, as indústria recuou 20,8%. Dessa maneira, a produção industrial
retornou ao patamar de dezembro de 2008. À época ocorria o primeiro trimestre
da segunda maior crise do capitalismo mundial, depois de 1929.
Relembrando aqui que o imenso esforço do século XX em
industrializar o Brasil, principalmente depois de 1950, quando a indústria
estava em cerca de 10% do PIB, chegou-se em 1985 ao produto industrial
corresponder a 25% do PIB. Porém, este vem caindo assustadoramente e voltou aos
10%. Claro, naquela época o número absoluto do PIB brasileiro estava entre os
50 do mundo e hoje está entre os dez do globo.
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