12/05/2017 - PROGRAMA AVANÇAR DE GOVERNO
Fazendo um ano de governo hoje, a equipe econômica do governo
de Michel Temer desenvolveu o PROGRAMA AVANÇAR, mas somente apresentado aos
técnicos dos ministérios executivos, no Palácio do Planalto, no dia 9 passado.
Está previsto o lançamento em caráter nacional pelo presidente da República.
Trata-se de substituto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que teve
três versões: PAC 1, no valor aproximado de R$500 bilhões, para o segundo
governo do ex-presidente Lula (2007/2010); PAC 2, dobrando valor aproximado de
R$1 trilhão, para o primeiro governo da ex-presidente Dilma (2011/2014); PAC 3,
mantendo R$1 trilhão, para o segundo mandato de Dilma (2015/2018). Devido ao
impedimento de continuidade do seu governo, o PAC 3 foi abortado. Michel Temer
passou um ano preocupado com o ajuste fiscal e somente faltando um ano e meio,
pretende lançar o Programa Avançar.
O valor do Avançar é modesto, em relação a qualquer PAC,
orçado em R$59 bilhões. Irá priorizar obras que terminem em 2018. A maior parte
das inversões será para a área de transportes. Rodovias, ferrovias, portos e
aeroportos seriam contemplados com R$22,7 bilhões. Há previsão de construção ou
duplicação de 2.300 km de rodovias e de 1.219 km de ferrovias, dragagens em
seis portos e investimentos em aeroportos. Outros R$15,7 bilhões serão
aplicados em habitação, saneamento, defesa civil e mobilidade urbana, incluindo
projetos de urbanização e 260 mil moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Na área da defesa seriam R$13,5 bilhões empregados na construção de submarinos,
aeronaves militares, veículos blindados. E, R$7,4 bilhões na construção de
unidades de saúde, creches, centros esportivos e outros segmentos. Não lançado,
oficialmente, o Programa Avançar, nesta semana, o presidente Temer assinou
normas de concessão de portos, que deverá gerar R$23 bilhões de aportes
privados de recursos.
Longe de fazer “Uma ponte para o futuro”, conforme projeto do
PMDB, definido antes do impeachment de Dilma (o PMDB já conspirava para a
vacância de Dilma), Michel Temer faz uma passarela para o próximo presidente,
ainda uma incógnita para 2018. Ao comemorar um ano, Temer irá à Caixa Econômica
acompanhar mais um lote de liberação de recursos do FGTS, visando melhorar a
sua popularidade. Em suma, há um ano na Presidência a economia dá sinais de
melhora, com inflação e juros em queda. Porém, o desemprego, que fora sua
promessa a redução, ainda é crescente e, portanto, tem contribuído para sua
queda de popularidade. Tem 9%, sendo mais impopular do que Dilma antes do
impeachment.
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