02/05/2017 - REFORMAS NA ORDEM
Difícil é fazer reformas no Brasil devido aos diferentes
interesses de 35 partidos políticos no Congresso Nacional. Em praticamente um
ano, Michel Temer só teve aprovada até agora a reforma do teto dos gastos.
Encaminhou a reforma trabalhista, previdenciária, tributária e política.
Falou-se em reformas microeconômicas, mas até agora não foram encaminhadas. A
condução da economia vem sendo feita pelo mesmo cidadão que foi forte nos dois
mandatos de Lula e está sendo forte no governo de Michel Temer. Trata-se de
Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda. Durante o período do PT (2003 a 2016)
a economia foi do grande crescimento (2003-2010), ao pequeno crescimento
(2011-2013) e à forte recessão (2014-2016). Não foram feitas reformas
estruturais. O modelo baseado do incremento do consumo e do crédito se esgotou
em 2010. Insistiu-se no erro e voltaram os déficits primários em 2014 até
agora. O pior de tudo é o desemprego aberto, próximo de 15 milhões de almas,
com mais de 10 milhões de subempregados, tornando a vida de muitos cidadãos
difícil e penosa. As reformas são capitalistas. Evidente que atende
principalmente aos capitalistas. Contudo, ao atendê-los, eles vão fazer
investimentos e gerar empregos. No frigir dos ovos o que interessa agora é o
crescimento econômico.
A pesquisa Datafolha, publicada hoje no jornal Folha de São
Paulo, consultou 2.781 pessoas em 172 municípios. Os brasileiros estão menos
pessimistas, em relação a sua própria situação econômica e a do País, quatro
meses depois da pesquisa anterior sobre o assunto, de dezembro. Houve queda de
10%, de 41% para 31% do pessimismo. Aqueles que esperam melhoras subiram de 28%
para 31%. Houve redução de 27% para 18% dos que acreditavam que sua situação
iria piorar. Já a parcela que prevê progressos passou de 37% para 45%.
Por seu turno, em entrevista hoje ao público, Henrique
Meirelles acredita que o PIB cresceu no primeiro trimestre 0,8%. Vale dizer,
que ele acredita que a economia nacional logo-logo irá surpreender.
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