26/05/2017 - CENÁRIOS MUDARAM PARA PIOR
No momento em que se aguarda o desfecho do escândalo político
de Michel Temer. Ele diz que não renuncia. Daqui a 11 dias a chapa Dilma-Temer
será julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Provavelmente, um membro
do TSE pedirá vistas do processo, adiando a decisão. Portanto, Temer continuará
no cargo, tentando aprovar as reformas. Sem as reformas, a economia nacional
ingressará em um atoleiro, porque os investimentos não acontecerão de forma ao
crescimento econômico. Os economistas estão preocupados com o crescimento da
dívida, o que pode elevar o risco-país. Com as reformas aprovadas pelo
Congresso seguirá lentamente a recuperação. A inflação está por volta de 4%. Na
semana que vem o Banco Central irá se reunir e, provavelmente, baixará a SELIC
de 11,25% para 10,25%. O novo Plano Safra poderá ter uma taxa subsidiada de
7,5%, como sempre acontece com o desenrolar do lobby da agropecuária. Há quem
hoje admita crescimento zero, fechando o ano em 0,5%. Antes, as expectativas
eram de crescimento de 0,5%, fechando o ano em 2,8%, conforme afirmava o
Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Os cenários estão desacreditando que o governo irá gerar
superávit primário, nem neste, nem no próximo ano. A dívida pública está em
torno de 70% do PIB. Continuará subindo. Sem reformas, subirá mais. No quadro
de piora será inevitável a elevação de impostos.
Dessa maneira, uma gestão impopular e fraca, não estimula
novos investimentos. Parece que a indefinição só será alterada em novas
eleições em 2018.
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