03/05/2017 - CONSUMIDOR MUDOU HÁBITOS PARA PIOR




As queixas de 2014 a 2016 têm sido de uma forma em geral. A forte recessão em 2016 obrigou ao consumidor a mudar mais hábitos para pior qualidade no consumo. Isto é, ir à busca de produtos mais baratos e de qualidade inferior. A pesquisadora Nielsen divulgou ontem que 42% dos pesquisados passaram a comprar marcas mais baratas. Já 22% passaram a consumir menos e também a ir menos ao supermercado. Outros 5% passaram a comer fora de casa com menos frequência e reduzir gastos com a área de lazer. Outros 5% diminuíram consumo de bens duráveis e de vestuário. A restrição orçamentária foi ampla, devido ao recuo do salário médio. Embora a inflação tenha caído bastante, o desemprego se elevou para níveis recordes. Em outras áreas como bens duráveis a queda foi ainda maior, principalmente em aquisição de moradias e de veículos automotores. A contração econômica infelicitou milhões de cidadãos.

Em termos reais, as vendas nos supermercados caíram 1,5% no País, em 2016, conforme também ontem a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). O faturamento do segmento alcançou R$338 bilhões. O número de lojas cresceu 0,5%, indo para 89 mil. O segmento sofreu menos do que os outros principalmente por oferecer produtos de primeira necessidade. A organização ABRAS afirmou que a queda real se deu pelo desemprego crescente, inflação e elevada carga tributária, queixas das peculiaridades do período recessivo. Para este ano espera a ABRAS alta das vendas entre 1,5% a 2,5%. Corroborando o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acredita que o crescimento virá mais forte no último trimestre do ano. Meirelles prevê 3%.

A um ano praticamente no poder, Michel Temer, só conseguiu até agora estancar a recessão, para estagnação econômica. O crescimento está sendo aguardado. As coisas ficam bem mais difíceis para ele, visto que sua popularidade caiu mais uma vez, para 9%, estando próximo dos mais impopulares presidentes, que foram Collor e Dilma, na etapa pré-impeachment. Claro, ele precisa de credibilidade, para melhorar o grau de confiança dos consumidores e de investidores.

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