10/05/2017 - UM ANO NO DIA 12 DESTE


Fará um ano no dia 12 deste mês que o presidente Michel Temer assumiu a presidência da República, após afastamento da presidente Dilma. Isto aconteceu porque ela cometeu vários erros graves, que levaram à deterioração das contas econômicas nacionais e pela sua incompatibilidade com muitos políticos, que a fizeram perder a base política no Congresso. A nova base aliada com Temer, tem a maioria no Congresso e este compôs equipe econômica ortodoxa.

O ano de ruptura foi o de 2014, quando ocorreu, em síntese, déficit primário, depois de 18 anos de superávit fiscal, bem como começaram as investigações da operação Lava Jato, que desmontou o maior esquema de corrupção de obras públicas e na Petrobras. Depois de certo tempo (2007), foi ficando claro que as grandes obras embutiam sobrepreços para pagamento de propinas, além do fato de que Dilma estourou o orçamento público desde 2011. Desde então, mesmo com Dilma, começou a reforma fiscal, que, fracassou no biênio 2015/2016. No entanto, já em 2016, começou a mudar a rota de déficits públicos crescentes, sendo aprovada a PEC do teto dos gastos, a vigir em 2017. No primeiro trimestre do ano parece que se chegou ao fundo do poço, faltando ser confirmado pelas estatísticas do IBGE. Em 2016, a inflação caiu de 10,7% de 2015 para 6,4% em 2016. Em 2017, a inflação, ao que tudo indica, ficará por volta de 4%, abaixo do centro da meta de 4,5%, o que não acontece desde 2010. No segundo trimestre de 2017 se acredita que se está saindo do fundo do poço. Em ebulição foi aprovada a reforma trabalhista, trazendo propostas de tornar o imposto sindical facultativo, cortar questões trabalhistas e gerar empregos. Segue ainda nesta ebulição a proposta de reforma da previdência, aprovada ontem em comissão especial. As mudanças são proativas para incentivos aos investimentos, tais como redução do tamanho do Estado, de 39 para 28 ministérios executivos; elevação do número de parcerias público/privadas; queda vertiginosa da inflação; lei da terceirização; fim da desoneração fiscal a segmentos econômicos ineficientes; redefinição do papel do BNDES, em retirar privilégios para determinadas grandes empresas, em detrimento de muitas outras; apuração de propinas na Lava Jato, na casa de R$100 bilhões, que serão revertidas aos verdadeiros donos; lei de repatriação de ativos; moralização de contratos; além das reformas acima referidas.


Em suma, acredita a equipe econômica que os capitalistas serão beneficiados e devagar se retornará o crescimento no terceiro trimestre de 2017. O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já está acreditando que o PIB crescerá 2,7% neste ano.

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