20/05/2017 - INVESTIMENTO DECLINANTE NA SAÚDE




Não obstante gastar pouco e gastar mal, o poder público exerce má gestão. Isso é histórico. Em forte recessão como agora, ficou pior. O preço que se paga é de grande desgaste humano, perante investimento declinante em saúde.

O governo brasileiro, em geral, investe em saúde praticamente metade do que a média mundial. A outra metade tem de ser paga pelo paciente. Especificamente, 53,9% dos gastos com saúde no Brasil advêm do cidadão. Retirados os planos de saúde cerca de 25% saem diretamente dos bolsos do cidadão. A Organização Mundial da Saúde (OMS), mediante uso de estatísticas de 2014, informou que por volta de 6,8% do orçamento federal foi destinado ao Ministério da Saúde. No ano 2.000 era de 4,1%. Atingiu o máximo em 2010, em 9,9%. Reduzida para 8,2% em 2011; 7% em 2013; o mais recente percentual revelado pela OMS para o Brasil é este de 6,8%. No mundo, a média é próxima de 11,7%. Nas Américas ela fora de 13,6%. Na Europa, de 13,2%. Na África, de 9,9%. Na Nicarágua, 24%. Na Costa Rica, 24%. Na Nova Zelândia, destinou-se 23%. Na Suíça, o orçamento previu 22%. Nos Estados Unidos, 21,3% do seu orçamento. No Japão, 20%. Dados de 2014 reiteram-se aqui.
O quadro se agrava pelo grande sedentarismo da população. Segundo a PNAD Contínua do IBGE, de onde se extrai vários relatórios, sendo um deles o estudo de Prática do Esporte e Atividade Física, a maior parte dos brasileiros com mais de 15 anos são sedentários e mais da metade nunca praticou qualquer tipo de atividade física. No levantamento feito nos anos de 2014 e 2015, 38,8% milhões de pessoas com 15 anos ou mais fizeram atividades físicas no período, contra 123 milhões de sedentários, sendo estes 76% dos brasileiros da referida faixa etária. Entre os citados sedentários 91,3 milhões declararam nunca terem feito esportes na vida, correspondentes a 56% dos examinados. 

Ademais, na população de 2015, de 205 milhões, 17,3% das pessoas sem instrução faziam atividade física. Mas, esse percentual chegava a 56,7% entre os que tinham superior completo. A média varia de 31,1%, na classe ‘sem rendimentos’ a 65,2%, em famílias com cinco salários mínimos ou mais. Os brasileiros consultados revelaram motivos para não praticar esportes. Em primeiro lugar está a falsa desculpa de falta de tempo (38,2%); de não gostarem (35,0%); problema de saúde ou de idade (19,0%); falta de instalação esportiva acessível (2,7%); não terem companhia para praticar esporte (1,7%).

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