25/05/2017 - COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS INVESTIGA JBS
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é a xerife do mercado
de bolsa de valores. Nela, o grupo JBS responde por sete processos. Estes
pretendem investigar a veracidade de informações divulgadas pela empresa e sua
conduta o fechar acordo de colaboração premiada com a Justiça. A CVM está exigindo que diretores e
conselheiros informem quando ficaram sabendo do acordo de delação premiada
celebrado com o Ministério Público Federal, homologado pelo Supremo Tribunal
Federal.
As empresas negociadas em bolsa de valores têm que informar os fatos
relevantes. Há suspeitas de que as informações privilegiadas geraram
especulações nos mercados de câmbio e de bolsas no Brasil e no exterior, transferindo
ganhos extraordinários para os diretores do grupo. A JBS teria comprado milhões
de dólares no mercado futuro, para beneficiar-se com a alta da moeda após a
deflagração da atual crise política. Tem causado perplexidade o acordo dos
donos do grupo, Joesley e Wesley Batista, que não passaram nem um dia na cadeia
e foram morar em Nova York. O tratamento é muito destoante, principalmente quando
se observa que Marcelo Odebrecht já fará dois anos na cadeia.
Trata-se de benesses nunca vistas. O STF admite a
possibilidade de revisar os benefícios concedidos aos empresários. O fato é que
a JBS recebeu R$9 bilhões do BNDES e de R$3 bilhões da Caixa, no governo de
Lula, saindo comprando 56 empresas nos Estados Unidos e gerando concorrentes
para exportadoras brasileiras. A JBS informou que doou US$150 milhões para Lula
e Dilma no exterior.
Enfim, o juiz deverá fazer a validação formal e emitir a
sentença. Quem sabe poderá impor penas aos felizes dirigentes do grupo, além de
a CVM impor multas aos citados insiders trading.
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