30/10/2016 - MESMO QUE A ECONOMIA RETORNE O DESEMPREGO AINDA AUMENTARÁ




Mesmo que a economia retorne ao crescimento, previsto para 2017, o desemprego continuará aumentando até meados do próximo ano, segundo inúmeros economistas, consultados pela mídia, devido ao fato de que milhões de pessoas que perderam o emprego, desde o segundo trimestre de 2014, quando se iniciou a atual recessão, foram para o empreendedorismo individual, mas várias categorias deles não obtiveram ou obterão êxito, voltando ao exército de desempregados, conforme onda que sempre acontece no mundo capitalista.
Segundo o IBGE, no trimestre de julho a setembro, conforme a PNAD Contínua, a taxa de desemprego está em 11,8%. Ou seja, mais de 12 milhões de pessoas em desemprego aberto. Por seu turno, a recessão encolheu a população ocupada do País em mais de 2 milhões de postos de trabalho em um ano. A população ocupada, tanto em trabalho formais, quanto em atividades informais, recuou 2,4% no referido trimestre, ante mesmo período do ano passado, de 92 milhões de pessoas para os atuais 89,8 milhões. Face ao exposto, a população brasileira trabalhando, recuou ao mais baixo patamar em mais der quatro anos, desde o começo de 2012, início da atual pesquisa sobre o mercado de trabalho. A fatia daqueles que reúnem condições de trabalhar é de 54%, no conjunto do potencial de mão de obra brasileira, calculado pelo IBGE. No mesmo trimestre, em 2013, antes de o Brasil mergulhar na atual recessão, a população ocupada era de 57,1% desse conjunto.

Até o fim de 2015, muitos que perderam o emprego com carteira assinada, passaram a exercer atividades informais. Estes, o IBGE classifica como trabalhadores por conta própria, sendo um contingente que subiu de 5,3% em 2015 e conteve a aceleração dos desempregados. Para Fernando Holanda, da FGV: “O quadro antes era de substituição do emprego, agora é de eliminação”. Vale dizer, que a taxa atual de 11,8% ainda vai subir bastante. O desânimo tomou conta de milhões. Desde o início da recessão, a taxa de emprego já subiu 5%, de 6,8% para 11,8%. Antes da forte retração do PIB, a taxa de desemprego chegou até 4,2%. Provável e, infelizmente, poderá alcançar o triplo.

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