09/10/2016 - INFLAÇÃO DE SETEMBRO É A MENOR PARA O MÊS DESDE 1998




A inflação do mês passado é a menor para setembro desde 1998, alcançou 0,08%, pelo IPCA, calculado pelo IBGE. Não deixa de ser uma boa notícia, vez que a próxima reunião do Comitê de Política Econômica do Banco Central (BC), no próximo dia 19, poderá, segundo o mercado financeiro, consultado pelo próprio BC, toda semana, reduzir em 0,25% ou até 0,5%, aguardando a recuperação inicial da economia, depois de quase três anos. No entanto, a inflação de 12 meses está em 8,48%, muito acima da meta de inflação de 4,5% e, do teto com viés, que é de 6,5%. Há muito ainda a esperar-se para comemorar. O índice mais baixo da inflação até então verificado foi de 0,01%, em julho de 2014. A inflação manteve-se alta neste ano, já em nove meses, porque existiu o efeito do grande aumento das tarifas públicas no ano passado, em destaque energia elétrica e combustíveis, além dos preços dos alimentos que foram turbinados pela má safra e seca de algumas regiões, tendo recuado em setembro 0,29%. Ademais, a pequena taxa deve-se também à desvalorização do dólar nos meses recentes. Espera a equipe econômica que o referido indicador caia até 7,3%, encerrando 2016.

Na contramão, a indústria automobilística, que derrubou o índice da indústria em agosto, fechou setembro também com vendas em queda. A tendência das taxa de desemprego é de ainda aumentar. O indicador de recuperação da economia continua sendo empurrada para novembro, dezembro ou janeiro.

A grande maioria dos analistas financeiros consultados pelo BC acredita que a PEC 241, que poderá limitar os gastos do governo será anti-inflacionário. Já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, referida PEC poderá ir a plenário ainda neste mês. Associada a ela, o presidente Temer pretende também enviar ainda neste ano, um projeto de PEC para a reforma da Previdência Social. As demais reformas que serão enviadas, nos próximos meses, estão em linha com a retomada do crescimento econômico, sendo acreditado internamente e externamente, como é o caso do FMI. Sem dúvida, os empresários apostam que o nó a ser desatado de vez, poderá vir com as reformas trabalhista e tributária. Atrapalhando a referida PEC estão a oposição política e a Procuradoria Geral da República, que arguiu ao Supremo, ação de inconstitucionalidade. O relator promete ser breve, para fechar logo o processo. Quanto à resposta à oposição, o presidente Temer reunirá hoje no Palácio do Planalto, 400 deputados, o que ele acredita poderá apoiar a citada PEC.


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