06/10/2016 - PRODUÇÃO INDUSTRIAL TEM CAIDO MUITO




Certamente, o PIB deste ano será de um grande número negativo. Para o mercado financeiro nacional, consoante pesquisa semanal do Banco Central, Boletim Focus, de – 3,1%; para o FMI de – 3,3%. O setor que tem puxado mais para baixo o PIB tem sido o industrial. Após cinco altas mensais seguidas, a produção da indústria caiu 3,8% em agosto, perante julho. No ano, o recuo é de 8,2%. Em doze meses a retração ainda é maior, de 9,3%. Na comparação com agosto de 2015 o recuo é de 5,2%. Trata-se da 30ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Porém, a menos intensa desde junho de 2015. Mas, o tombo foi o mais intenso desde janeiro de 2012. A maioria dos grandes grupos voltou a ter comportamento negativo. Conforme o IBGE, entre as quatro grandes categorias do setor industrial, três se apresentaram em retrocesso, além de recuo de 21 das 24 atividades pesquisadas.

No anúncio do IBGE ficou claro que há um distanciamento grande, entre o nível atual no qual a indústria se encontra que é semelhante ao de dezembro de 2008. O maior patamar dela já atingido ocorreu em junho de 2013. Comparado aquele com agora, a queda é de 21,3%. As condições adversas da recessão, tais como a retração do consumo, aumento continuado do desemprego, queda na renda real, diminuição do crédito, que ficou mais caro, preços elevados de insumos e taxas de inadimplência de clientes. As principais influências negativas para a indústria foram no segmento de produtos alimentícios, cuja queda foi de 8%, além de veículos automotores, reboques e carrocerias, em – 10,4%;. Principalmente, os veículos que têm alto valor agregado contribuíram para o revés citado.

O banho de água fria na equipe econômica, agora dado, mostra que a economia se encontra ainda em recessão, não havendo recuperação de receitas, aprofundando o déficit público, vez que as despesas estão rígidas para a baixa. Por seu turno, o FMI projetou o Brasil em 9º lugar na classificação do PIB mundial, em 2016.  No entanto, mesmo estimando pequeno crescimento em 2017 e 2018, acredita o FMI que o Brasil retomará o lugar em que está a Itália, indo para 8º. Entretanto, o lugar de 7º em que estava, em 2015, foi definitivamente tomado pela Índia.  Em 1962 estava o PIB brasileiro em 42º lugar. Os militares o colocaram em 8º (sem nenhum saudosismo), posição em que permaneceu por longo tempo, muito embora nos melhores anos da era Lula esteve em 6º. A proporção compatível com a 5ª população e com o 5º território que detém é a meta para quando da volta do ciclo virtuoso. Quantos anos mais? Ficar entre 7º e 9º é a armadilha, de permanecer como país de renda média.

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