17/10/2016 - RECUPERAÇÃO JUDICIAL DA OAS




As investigações da Polícia Federal em contratos da Petrobras identificou um cartel de 29 empreiteiras, seus dirigentes, donos, doleiros, além de mais de 50 políticos federais, que estavam transferindo mais de R$50 bilhões da estatal. Desde março de 2014 está em curso essa operação chamada Lava Jato, mediante 35 fases. Os contratos suspensos com tantas empresas e o desemprego encetado levaram ao forte recuo do PIB, agregado este que vinha estagnado, mas ingressou em forte recessão, já no terceiro ano. O sistema descoberto na Petrobras trouxe enormes prejuízos com o seu desmonte ainda inacabado. As maiores construtoras do País ingressaram com recuperação judicial. A gigantesca empreiteira OAS está fazendo acordo de leniência, pelo qual, pelos próximos 25 anos, diariamente, uma empresa idônea e independente, fará vigilância dos seus balanços, fluxos de caixa, contratos, aditivos e licitações. A qualquer indício de ato de corrupção ela será denunciada. Nestes anos de investigações a construtora está um terço do tamanho que era. Já tiveram mais de 100 mil funcionários, com empresas em áreas tais como petróleo e gás, companhias de saneamento, arenas de futebol e empresas financeiras. Estão hoje com 54 mil empregados. Para que não fosse à falência, os seus mais de 3 mil credores perdoaram mais da metade da dívida dela de R$10 bilhões, aceitando juros irrisórios e até 25 anos para pagar as parcelas de principal.  

A maior empreiteira, o grupo Odebrecht, está negociando delação premiada, envolvendo 80 dos seus dirigentes e centenas de políticos. Na esteira dela existem centenas de empresas prejudicadas. As 29 empreiteiras foram responsáveis por queda de mais de 1% no PIB em cada ano recessivo.
No conjunto de denúncias ainda haverá a ação penal da Lava Jato, no Supremo Tribunal Federal, além das investigações no setor elétrico, cujas obras estão interligadas com as empresas prestadoras da Petrobras.

O fato é que a recuperação da economia parece estar distante. Afinal, chegou ontem a notícia de que a arrecadação federal de setembro caiu 7,3%, em relação a setembro do ano passado. Já agosto tinha recuado 10%. A frustração com a economia levou aos 120 especialistas consultados pelo Banco Central, semanalmente, terem elevado o recuo da projeção do PIB deste ano, de – 3,15% para – 3,19%, muito embora a previsão da taxa inflacionária anual caiu levemente para 7,01%, no final do exercício fiscal.

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