19/10/2016 - PIB POSITIVO TRIMESTRAL SÓ PARA ANO VINDOURO
Perante os sinais de mercados, o Bradesco, o Banco Itaú e o
Banco Goldman Sachs têm revelado que sinais positivos do PIB trimestral somente
no ano que vem. Nenhuma reforma estrutural que o presidente Michel Temer quis
ou quer fazer em seu governo de 2016 aconteceu ou acontecerá neste, de forma
efetiva. Nem mesmo a redução do número de ministérios, de 38 para 25, reduziu
despesas e houve aumento líquido do quadro de servidores, conforme já exposto
aqui. O atual governo procurou e achou o maior déficit primário histórico, de
R$170,5 bilhões e teve a sua aprovação pelo Congresso. Acredita que até
dezembro terá aprovada a PEC 241, aquela do teto dos gastos, a vigorar em 2017.
As reformas nas concessões públicas também ficaram para 2017. O projeto das
reformas da previdência e a trabalhista também ficaram de encaminhar projetos
em 2017. Até mesmo a redução da taxa SELIC, prevista para o final do dia de
hoje somente terá repercussão no ano que vem, visto que demoram pelo menos três
meses para o seu resultado.
O desemprego, que é o último para mostrar-se em
recessão e é também o último a sair dela, previsto para cair a partir do
segundo semestre de 2017. Os números de agosto, divulgados pelo IBGE, para a
indústria e para o comércio são de retração. Os dados da agricultura terão
influencia das secas, que, só na Bahia, atinge mais de 200 municípios dos 417
do Estado, além das dificuldades do comércio internacional de commodities. No
caso da Bahia haverá grande afetação na produção de grãos do Oeste. Enquanto
isto, o presidente da República continua viajando, saindo da Índia, da reunião
dos BRICS, que, em dez anos, não mostrou laços de progresso conjunto, só de
países isolados, como da ascensão indiana, crescendo 7% e desbancando o Brasil
no PIB mundial. Estando no Japão, quando a dificuldade de atração de investimentos
é do embrulho existente hoje no setor elétrico. Ademais, não mais se falou dos
grandes investimentos chineses previstos. As novas regras das parcerias mundiais
ainda não foram reveladas, nem feitos ainda nenhum acordo bilateral, somente
existindo dois e inexpressivos.
O último indicador de atividade econômica do Banco Central,
que prevê uma antecipação do PIB trimestral, revelou uma queda acumulada de 12
meses de – 5,6%. Se ele foi criado para melhorar expectativas somente tem
piorado. Ademais, neste final de ano se está verificando o encolhimento do
crédito e a retração dos investimentos públicos. Melhoras da confiança das
forças produtivas e queda dos índices de atividade de pararem de diminuir
tanto, mas ainda na faixa de menos, significa retorno na curva de descida da
recessão, mas não apontam ainda para o lado positivo da curva de crescimento.
Como a inflação tem recuado, a SELIC irá começar a cair. Porém, a inflação tão
alta é aquela que tem permitido juros reais tão elevados, por volta de 7%
anuais. Os industriais reclamam e os querem em torno de 2%, alegando que nos
países ricos estão os juros perto de zero. Nem tanto, nem tão pouco. Os juros
de equilíbrio, projetados pelo mercado futuro ficariam na casa de 5% reais, não
só pela elevada inflação, como pelo diferencial de taxa de juros para atrair
capitais externos.
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