01/10/2016 - FMI CONFIRMA CONSENSO DE CRESCIMENTO
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é órgão criado em 1944,
por inspiração dos EUA, visando o crescimento econômico mundial e estabilidade
monetária. O FMI possui uma cesta de moedas, fornecidas pelos países membros, convertidas
por duas moedas fortes, o dólar e o euro, garantindo também o comércio global.
Em tese, existem países credores internacionais e devedores globais. Quando um
país não possui divisas, saldo de moeda estrangeira para pagar e garantir seus
negócios ou fruto de um ataque especulativo à moeda doméstica, tal como
aconteceu de forma mais recente, no segundo mandato da era FHC, quando o País
ficou sem reservas, tendo que recorrer ao FMI, para obter empréstimos de
emergência e encontrar-se solvente perante a comunidade mundial. Claro que não
é de graça. O FMI, embora cobre juros baixos, exige o ajustamento do país ao
cenário global, reduzindo inflação e remuneração dos fatores de produção
conforme suas produtividades. Quer dizer, atua para reduzir os desvios de
conduta econômica.
Dessa forma, tem produzido relatórios trimestrais sobre a
conjuntura econômica internacional, abordando a situação de cada país membro
(quase todos do mundo). Suas análises são conservadoras. Suas projeções vêm
atrás daquelas prospectadas pelo país, que tem boa contabilidade nacional. No
caminho certo, eles minimizam. Tal como agora. Para o Brasil preveem – 3,3% do
PIB, quando este cenário já foi ultrapassado há semanas, pelas expectativas
domésticas do boletim Focus, bastante acreditado, já que é produzido pelo Banco
Central, hoje estimando em – 3,1% do PIB. Ademais, somente visualiza incremento
de 0,5% do PIB, quando a pesquisa semanal Focus estima em 1,3% e o governo
federal projeta 1,6%. Quando um país se encontra no caminho errado, criticam bastante,
principalmente quando quer adotar medidas heterodoxas, principalmente a de controle
de preços para combater a inflação, além de ser contra a maior intervenção do
Estado na economia, criando empresas, visto que considera a maioria das
estatais ineficientes; fixando cotas de importação, estimando preços, câmbio e
salários. A respeito deste último, escreveu em seu atual relatório: “A ligação
entre benefícios sociais e salário mínimo deve ser revista”. Em outras
palavras, mostra que não concorda com a política salarial em vigor, de ganho
real para o salário mínimo, visto que afeta benefícios sociais, a exemplo de
aposentadorias, até porque sabe que 90% do déficit público atual advêm de
pagamentos dos benefícios previdenciários. Assim, implicitamente, acredita que
o governo de Michel Temer está no caminho de acertar, de aprovar teto para gastos
públicos, promover a reforma previdenciária e demais reformas cogitadas pelo
governo.
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