25/10/2016 - PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO NACIONAL
Como parte integrante do período chamado de “milagre
brasileiro” (1967-1973), qual seja fazer o Brasil Grande economicamente foram
criados o PIS, o PRODOESTE, o POLONORDESTE, o PRORURAL, o RADAM e o PIN -
Programa de Integração Nacional, cujo eixo seria a construção da
TRANSAMAZÔNICA, iniciada há 40 anos, uma grande obra inacabada, para interligar
a região Norte, partindo do Estado do Pará para o Estado do Amazonas. Os
governos militares tinham slogans nacionalistas. O do PIN era “integrar para
não entregar”.
Na ponta da rodovia, no Estado do Pará, encontra-se a cidade
de Altamira, onde está sendo construída a hidrelétrica de Belo Monte, que,
depois de pronta será terceira maior usina do mundo, somente perdendo para
Itaipu e Três Gargantas (China). Em linha reta, a rodovia dista para Belém,
capital do Pará, cerca de 450 quilômetros. Na outra ponta da estrada, no Estado
do Amazonas, está a cidade de Lábrea. Em linha reta é distante 700 quilômetros
da capital Manaus. Foram desmatados 1.751 quilômetros no percurso entre as duas
referidas pontas. No entanto, menos de 10% estão asfaltados. Há trechos
horríveis de serem vencidos por caminhões. A estrada, outrora orgulho dos
militares, virou rota do crime.
Em Altamira é visível o aprofundamento de aspectos negativos,
tais como conflitos indígenas e o desmatamento. Em Lábrea há grilagem,
violência e desmatamento. Entre as duas pontas da rodovia são predominantes
pastos subutilizados, intercalados por unidades de conservação de terras
indígenas, pressionadas por madeireiros e garimpeiros. São inúmeros os cidadãos
que sobrevivem da extração ilegal do ouro e da madeira. O contrabando de pedras
preciosas é intenso. Há campos de pouso clandestinos. As grandes queimadas continuam
nos períodos de seca.
Infinitas curiosidades se encontram, desde índios parahãs, à
beira do rio Maici, que se recusam a aprender português, à maior produtora de
cacau do País, a cidade Medicilândia, a 540 quilômetros da capital Belém.
Os índices de desenvolvimento humano (IDH) das cidades
próximas da rodovia são inferiores ao IDH da media nacional. Ademais, os
municípios são dependentes de repasses de recursos federais.
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