21/10/2016 - FORMAS DE ENCARAR-SE A PRODUTIVIDADE




O conceito de produtividade é o de evolução. Seja do sistema econômico, seja dos fatores de produção. Ou seja, de qualquer variável mensurável, em dinâmica, quer diária, mensal, anual, plurianual, quando encarado com outra variável estática anterior. Trata-se de modelo conhecido como análise estático-dinâmica. Por exemplo, em análise vertical ou horizontal de balanços, toma-se como base um ano e se vê a evolução das contas em, por exemplo, como é mais comum fazer-se, comparações de balanços de três anos seguidos. No sentido mais amplo, a produtividade do País é o incremento do PIB. No sentido dos fatores de produção, trata-se da produtividade da natureza, do trabalho, do capital, da tecnologia e da capacidade empresarial.

Tomando-se um prestigiado colunista da Folha, do seu conselho editorial, Clóvis Rossi, em artigo semanal de ontem, ele também não foge do assunto mais comentado há meses, a PEC 241. O título do artigo: “O Teto não é nem piso”. Em resumo, ele quer dizer que sem as reformas estruturais, a economia pode melhorar ainda mais. No artigo, ele confunde o conceito econômico de déficit primário o considerando como déficit nominal, o que prejudica a sua conclusão. Porém, ele acerta ao iniciar, citando Gary Newman, atual professor da Universidade da Columbia, ex-economista-chefe do Banco Morgan Stanley para a América Latina: “O maior obstáculo para o crescimento do Brasil tem muitas faces, mas pode ser resumido em uma única palavra: produtividade”. Rossi arremata, com dados do Fórum Econômico Mundial, entidade permanente, mediante análise de dados de 2015, colocando o Brasil em: 1) Capital humano, 132º entre 140 países; 2) capital físico, 121º entre 140; 3) portos, 120º entre 140; 4) ambiente regulatório, 174º entre 189.
Ontem, ainda, o Serviço Nacional da Indústria (SENAI) apresentou estudo em que o Brasil necessita qualificar 13 milhões de trabalhadores para a indústria, entre 2017 e 2020. Só a construção civil poderá demandar 3,8 milhões de profissionais; meio ambiente e produção industrial, 2,4 milhões. Bem, aí, está a questão de melhorar a produtividade do trabalho. No caso, muito mais pessoas do ensino médio ou profissionalizantes, onde o País é mais carente. O certo seria reformar todos os níveis de ensino com educação de dois turnos. Mas, aprovar reforma geral no Congresso nunca ocorreu. Enquanto isto, já que é tão difícil aprovar um projeto global de educação brasileira, o governo enviou, recentemente, uma Medida Provisória de reforma do ensino médio, mediante forma de estudo de ensino em tempo integral. Isto já avança na melhoria da produtividade do trabalho.

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