24/10/2016 - DOENÇAS DO ENDIVIDAMENTO
A forte recessão continua. Vai-se
aproximando de três anos, visto que se iniciou no segundo trimestre de 2014. A
pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta semana a ampliou em um
centésimo, passando a previsão de – 3,22%. O mais agravante é o numero de
marginalizados da economia formal. Em País de 205 milhões de habitantes há 12
milhões em desemprego aberto; mais 10 milhões aptos ao trabalho, mas que não
trabalham segundo recentes dados da PNAD Contínua do IBGE. Considerando mais
aqueles em subemprego ou em emprego disfarçado de 40% da população
economicamente ativa de mais de 100 milhões, tem-se o total de mais de 62
milhões de indivíduos infelicitados. Ou seja, mais de 30% dos brasileiros
apresentam problemas de convívio e doenças de endividamento.
Pesquisa do Serviço de Proteção
ao Crédito, em conjunto com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas,
mediante levantamento no País, realizando apenas com consumidores que têm três
contas em atraso, revelou uma série de doenças que ocorrem com os endividados,
tais como dor de cabeça, insônia, níveis elevados de estresse, ansiedade e até
mesmo depressão. Visualizando
reportagem de hoje do jornal Correio da Bahia sobre referida pesquisa,
organizou-se, do maior ao menor percentual dos males percebidos. (1) 67%
deixaram de poupar para o futuro (claro, há quem poupe e atrase débitos); (2)
65,6% dos inadimplentes se sentem deprimidos, tristes e desanimados por estarem
devendo; (3) 59,8% sofrem de ansiedade; (4) 57,8% dos inadimplentes admitiram
que ficassem com a autoestima mais baixa; (5) 57,6% se revelaram estressados; (6)
47% afirmaram que se irritam facilmente; (7) 40% sofriam de insônia; (8) 39%
faziam compras por impulso; (9) 28% ouviam comentários de que compram demais;
(10) 16,8% reconheciam que não conseguiam pagar as contas, descontando a
frustração em algum vício, como o cigarro ou álcool ou os dois; (11) 12,6%
declararam estar mais nervosos, cometendo agressões verbais a familiares e
amigos; (12) 7,6% já partiram até mesmo para agressões físicas.
Pesquisa da Willis Towers Watson com 1004 empregados de
grandes empresas brasileiras revelou que 62% deles estão preocupados com a sua
saúde financeira; 22% revelaram estar passando por dificuldades financeiras.
Conforme ainda comenta o referido jornal: “O orçamento no vermelho tem tirado o
sono de muita gente e impactado no desempenho profissional de quem está
endividado”.
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