29/02/2016 - RECUPERAÇÃO AINDA ESTÁ DISTANTE




De uma maneira em geral, os economistas não estão vendo ainda a luz no fim do túnel. Vários indicadores conduzem a isso. Assim, (1) a demanda agregada continua fraca tanto no mercado interno como no externo; (2) desconfianças dos consumidores e investidores continuam; (3) alto nível de endividamento das famílias e das empresas; (4) dúvidas pairam quanto a se o ajuste fiscal foi ou não suficiente; (5) incertezas no cenário político; (6) erros na política econômica. Enfim, são muitas as razões que os economistas ficam em dúvida quanto a se a crise pode se aprofundar antes de a economia retomar o crescimento nos próximos meses. Os brasileiros estão à procura do fundo do poço, na esperança de que a economia está prestes a recuperar-se da assombrosa queda que atravessa.

A desvalorização cambial tornou as exportações mais competitivas, enquanto a produção nacional ganha espaço no mercado interno, estimulando o aumento da produção. Mas, o impulso positivo é pequeno devido à desaceleração da economia internacional e um mercado doméstico encolhendo. Sem ter uma agenda e muito menos um planejamento econômico, a equipe econômica titubeia, lançando proposta de tetos para os gastos e fixação da idade mínima da previdência. Eles estão cavando cada vez mais o poço.

De novo, é um trabalho da equipe econômica do Banco Safra, que examinou o nível da atividade econômica, concluindo que a velocidade de queda do PIB neste ano parece que está diminuindo. A aposta deles é de um PIB recuando 3% em 2016.

De resto, mais uma vez hoje o Banco Central divulgou as perspectivas de pioras, tanto para o PIB como para a inflação, após ouvir 120 analistas financeiros, o que vem fazendo toda a semana. Portanto, aguardam-se dias melhores, que teimam em não aparecer.

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