08/02/2016 - CADERNETA DE POUPANÇA NEGATIVA




O saldo entre as retiradas e os depósitos em janeiro ficou negativo em R$12 bilhões. O total depositado foi de R$149,5 bilhões. O total dos saques foi de R$161,5 bilhões. É o maior recorde de saques da história. A economia está em forte recessão, o que amplia o desemprego aproximando-se da faixa de 10% da população economicamente ativa, forçando aos trabalhadores sacarem ara consumo. Em si, esta é uma tendência de reduzir a taxa global de poupança da economia, tendo em consequência retração nos investimentos e recuo no desempenho econômico em geral. Por outro lado, a rentabilidade da poupança não cobre a inflação e outros poupadores acorrem a aplicações de melhores rendimentos. Em razão disto, a Caixa Econômica Federal está ampliando o rigor na concessão de empréstimos imobiliários e retardando a liberação de créditos. A medida vai de encontro ao desejo anunciado do Ministro da Fazenda em ampliar o crédito, visando à retomada do crescimento. Entretanto, o que se vê é um pessimismo generalizado. Por exemplo, o presidente da FECOMÉRCIO-SP, Abram Szajman declarou ao jornal FSP, domingo: “não há quem lidere a retomada; o País vai afundar até 2018”.

Dessa forma, a economia brasileira tende a mergulhar em um período de três anos de recessão, fato inédito que não ocorria desde 1901, data do início da série das contas nacionais. O Banco Credit Suisse ampliou a recessão deste ano de – 3,5% para - 4%, sendo esta última taxa também a estimada para 2015. Já, para 2017, projeta recuo de 0,5% a 1%. Por seu turno, o Banco Itaú-Unibanco elevou sua previsão de recessão deste ano de 2,8% para 4%. Para 2017 estima um ínfimo crescimento de 0,3%.

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