13/02/2016 - COMÉRCIO FECHOU QUASE CEM MIL LOJAS




Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC) chegou ao número de 95,4 mil lojas comerciais fechadas em 2015. O resultado se deveu à queda do volume de vendas no varejo, que registrou no ano passado o pior desempenho dos últimos quinze anos. A retração nas vendas foi de 13,4%. A gravidade da crise atingiu mais as grandes lojas de varejo, aquelas que empregam mais de cem funcionários, cujo recuo foi 14,8% em 2015. O levantamento se deu nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho. Todos os segmentos do varejo registraram queda no número de lojas. Porém, os ramos mais prejudicados foram aqueles mais dependentes de crédito. Assim, recuaram 18,3% nas lojas de materiais de construção; 16,6% da área de informática; 15% da área de móveis e eletrodomésticos. Em termos absolutos, o segmento de hipermercados, supermercados e mercearias foi o que teve a maior redução de lojas: 25,6 mil estabelecimentos. Já era sabido que o segmento responde por cerca de 30% de pontos comerciais. Dentro do segmento, vestuário e acessórios se retraíram cerca de 45%.

Não se tem perspectiva de melhora em 2016. A situação vai ficar mais apertada, visto que houve aumento dos insumos, dos salários, de energia, IPTU, dentre outros.

Bolsas pelo mundo subiram inclusive a bolsa brasileira. No entanto, a semana se encerrou com fortes perdas nelas. O dólar subiu na semana. A gangorra continua afrouxando a corda.

Por seu turno, o governo federal não divulgou ainda o valor da arrecadação de janeiro. Comenta-se em bastidores que o resultado foi aquém do esperado. As forças produtivas continuam pessimistas. Este ano promete ser quase igual ou pior do que no ano passado. Pensam assim muitos formadores de opinião divulgados pelos principais jornais do País.

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