26/-02/2016 - DIVERGÊNCIAS ATRAPALHAM MAIS AINDA
Neste final de semana haverá a
reunião do 36º Aniversário do Partido dos Trabalhadores (PT). A presidente
Dilma não confirmou ainda presença, visto que aumentam as áreas de atrito entre
eles. Há pelo menos cinco divergências entre ambos. A primeira se deveu no começo
do segundo mandato (2015), quando o ajuste fiscal cortou direitos trabalhistas
adquiridos, ficando contra o PT, pela sua referência programática. O ajuste
fiscal ficou (está) incompleto, resultando não em superávit previsto, mas em
déficit primário, em 2015, repetindo déficit primário em 2014. Ademais, a
equipe econômica, que prometeu superávit de 0,5% do PIB neste ano, mas já
anunciou que poderá pedir a mudança da meta, para déficit primário de R$60
bilhões, por volta de 1% do PIB, o que fica clara a incompetência na gestão
pública, criticada tanto por Lula como pela cúpula do PT. A segunda, agora com
a mudança do ministro da Fazenda, e no segundo ano do referido mandato (2016),
falando agora a equipe econômica que fará tetos de gastos, até para reajustes
reais do salário mínimo, cuja valorização do mínimo que vem ocorrendo desde o
início do Plano Real (1994), o que contrariou ainda mais o PT. A terceira
refere-se o pacote fiscal anunciado, que não trata da preservação do emprego. A
propósito, ontem foi divulgado um dos índices de desemprego, sendo este o
indicador das seis maiores regiões metropolitanas, que subiu de 5,3% em janeiro
de 2014 para 7,6% em janeiro de 2015, da População Economicamente Ativa (PEA),
sendo o pior resultado de janeiro em sete anos, além de que o outro indicador
será divulgado na próxima semana, relativo a 3.500 municípios, referente à
Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua, cujo último número foi de 8,9% e é
esperado para acima de 9%. Pelo andar da carruagem ainda irá subir, visto que a
projeção do Banco Itaú assinala que ultrapassará 13% da PEA em 2017, baseado na
recessão, que ainda não atingiu seu poço. Em quinto lugar, a aprovação no
Senado, com apoio de dilmistas, que antes eram contra, pondo fim no limite de
30% da Petrobras (reserva de mercado) de exploração do petróleo na camada do
pré-sal. A CUT acusou o governo de traição. Na verdade, é muito difícil continuar
suportando tantos erros de política econômica.
Voltando ao desemprego nas seis
maiores regiões metropolitanas, este saltou 2%, de 6,9% para 7,6%, de 2014 para
2015. A pior situação aconteceu em Salvador, onde saiu de 9,6% para 11,8%. O
agravante no referido índice geral é que a taxa de desocupação entre os jovens
de 18 a 24 anos se elevou de 12,9% para 18,9%. Voltando a Salvador, esta
capital tem sido a de mais assassinatos
no Brasil, conforme Mapa da Violência, divulgado anualmente, não obstante seja
a terceira maior cidade do País.
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