15/02/2016 - ALGUMAS NOVAS ESTIMATIVAS DO BANCO ITAÚ




O maior banco privado brasileiro possui uma equipe de acompanhamento há anos, fazendo previsões. Os seus lucros continuam crescentes. Porém, para a economia brasileira, o Banco Itaú o cenário atual continua difícil, as perdas expressivas de arrecadação complicaram o ajuste fiscal inacabado do governo federal e irão demorar de reverter-se para o quadro de crescimento real de receitas. Referido banco é bem mais credor do que devedor, além de ser livre de criar ou ampliar as tarifas de seus serviços, enquanto o Tesouro Nacional é devedor de R$2,7 trilhões ou de 65% do PIB. Portanto, para a instituição é fundamental que sejam feitas as reformas estruturais prometidas. A começar com (1) fixação de limites dos gastos públicos, obedecendo a Lei de Responsabilidade Fiscal; (2) a fixação de idade mínima para a aposentadoria; (3) aprovar uma versão de novas receitas imediatas como a CPMF, ainda que tenham fortes resistências. Passada a ameaça de impeachment, a presidente Dilma tem condições de conseguir que avancem mais as medidas regulatórias, principalmente para as parcerias público-privadas. O Banco Itaú acredita que o fundo do poço será encontrado em meados deste ano e a economia se estacionaria até a maior parte de 2017. Porém, a queda do PIB prevista para este ano é de 4%. Igual a do ano passado. No entanto, a projeção para o PIB de 2017, que era zero, passou a 0,3%. Já as previsões para o desemprego é de que continue se elevando até o final do ano para 13% e para 13,4% em 2017. Geralmente, quando vem o ciclo de queda econômica, o desemprego cai depois, mas quando vem à recuperação, o desemprego ainda cai por certo tempo. Assim, por mais que se queira alterar o quadro de forma rápida, o cenário só melhorará lentamente.

Relembrando, as estimativas preliminares de 2015, são de que, conforme a Confederação Nacional do Comércio revelou, de - 13,4% de retração para o setor. Já a Confederação Nacional da Indústria visualizou – 8,3% de recuo do setor. Não se conhece ainda o desempenho dos serviços, que se acredita foi também negativo. Somente se espera de resultado positivo para o agronegócio. Os dados nacionais serão divulgados pelo IBGE em março, que ponderará cada desempenho consoante à respectiva participação relativa no PIB.

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