11/02/2016 - ABALOS EXTERNOS AGORA PREJUDICAM MAIS




Desde 2014, quando o Brasil ficou estagnado em 0,1%, que a equipe econômica tem colocado as razões na economia externa. Claro, que há influencia principalmente pelas quedas amplas dos preços das matérias primas exportadas pelo País. No entanto, o desarranjo ocorreu de forma rápida nas contas nacionais e o Brasil ingressou em forte recessão em 2015. Estimada em 4%, a repetir-se em 2016 em 4%. Para 2017, crescimento zero ou de um pequeno número negativo. Já, em 2018, poderá haver pequeno crescimento econômico.

A presidente do Banco Central dos Estados Unidos, Janet Yellen, esteve ontem com parlamentares americanos, demonstrando preocupações com o cenário atual de turbulências nas bolsas de valores mundiais. Desde o início do ano, as perdas nelas estão estimadas em US$12 trilhões, equivalentes a quatro PIBs brasileiros. As convulsões nas bolsas se devem a uma série de acontecimentos ruins para a economia mundial. Depois de mais de trinta anos crescendo por volta de 10% anuais, a China divulgou um incremento de 6,9% no PIB de 2015 e de que poderá crescer menos nos anos vindouros. Comprando menos, querendo vender mais. A China é a maior parceira comercial brasileira. Por outro lado, os grandes bancos internacionais estão projetando taxas de lucro menores do que as anteriormente feitas. Já preço do barril do petróleo caiu para US$30.00, prevendo a Agência Internacional de Energia, que não se recupere neste ano. A queda nos preços do barril é de 70% em um ano e meio. Isto afeta fortemente a Petrobras. Dessa forma, Janet afirmou que o processo de elevação dos juros americanos será mais lento do que o imaginado em dezembro passado. Por seu turno, a ONG Transparência Internacional divulgou o seu ranking anual de corrupção, onde em primeiro lugar, está o ex-presidente da Ucrânia e, em segundo, os escândalos da Petrobras. A propósito, a imagem brasileira está fortemente afetada de forma negativa por isso, acrescida da epidemia de dengue, mostrando preocupação internacional com os jogos olímpicos. Somente chocaram tanto à comunidade internacional, o fato mais longínquo da chacina da Candelária, no Rio de Janeiro, em 1993.

A pesquisa semanal do Banco Central, divulgada no informativo Focus, mostra que os cem analistas econômicos consultados têm a expectativa de que o governo não cumprirá a meta fiscal de superávit primário de 0,5% do PIB, neste exercício. A pesquisa Focus revela que o Brasil poderá ter quatro anos seguidos de déficit primário (2014-2017). Já o Banco Itaú-Unibanco projetou, na semana passada, déficit primário de 1,5% em 2016, de 2% em 2017. Não projetou 2018, mas acredita que somente haverá superávit primário em 2019.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ONDAS DE CALOR

LÓGICA DO AGRONEGÓCIO

PREVISÕES SEMANAIS