12/02/2016 - GOVERNO ADIA CONTINGENCIAMENTO
Enfrentando muitas dificuldades
para fechar as contas nacionais no azul, isto é, um superávit primário de 0,5%
do PIB, proposto como meta fiscal deste ano, visto que a desaceleração da
economia brasileira está tão forte, a equipe econômica adiou para março as
indicações de reduções de gastos, que faria hoje. Porém, ó fará em março. No
entanto, poderá lançar agora decreto de bloqueio provisório das despesas dos
ministérios relativas ao primeiro trimestre. Na verdade, os problemas que
explodiram no primeiro ano do segundo mandato da presidente Dilma, por conta
dos erros do primeiro (2011-2014), exigiam um verdadeiro ajuste fiscal. Qual
seja corte no número de 39 ministérios, com respectivos gastos e ampliação de
receitas. Os ministérios foram aglutinados em 31, mas se fracassou na redução
das despesas públicas. As receitas ao invés de se ampliarem se reduziram. Os
agentes econômicos recuaram e a recessão se aprofundou. Como resultado houve
dois déficits primários consecutivos (2014-2015) e as contas públicas ficaram
bastante deterioradas. Os problemas foram também repassados para 2016, quando
se estima recessão semelhante à de 2015. Economistas de grandes instituições
financeiras de São Paulo entendem que o governo abandonou a meta fiscal deste
ano, tendo como resultados esperados juros mais elevados, para combater a
inflação e atrair capitais externos, além de câmbio depreciado, para o pretenso
estímulo das exportações, cujos valores se têm reduzido bastante, por conta de
nova onda de contração da atividade econômica internacional, cuja maior
influencia vem da China, hoje o maior parceiro comercial brasileiro. Na
tentativa de cumprir a referida meta fiscal citada equipe estuda usar R$16
bilhões de precatórios, depositados nos bancos oficiais pelo Tesouro. Ocorre que
referido dinheiro é justamente para pagar ações na justiça. Enfim, está o
governo ganhando tempo, para ver se a economia brasileira reage melhor para fechar
o rombo das contas públicas ou preparar-se para criar medidas de ajustes
adicionais. O descrédito já com três ministros da Fazenda, em conduzir a
economia permanece enorme. O País continua se afundando em um mar de
incompetência da gestão federal.
No cenário externo, o barril do
petróleo chegou ao seu mais baixo preço em 12 anos. Especialistas internacionais
creem que os estoques continuaram a se elevarem e o preço do barril só tende a
reduzir-se. Recuperação mesmo só depois destes 2016. A Petrobras continua indo
de mal a pior, já a dois anos, de escândalos de desvios apurados pela operação
Lava-Jato. Agora são acionistas europeus da estatal, além dos norte-americanos,
que querem receber seus recursos fraudados, através da justiça internacional.
Encalacrada, não consegue vender ativos e o sufoco reduz preços de suas ações cotidianamente
nas bolsas de valores. Os ares sombrios derrubam bolsas mundiais, desde o
início deste ano, havendo temores de repetição da crise capitalista de 2008, a
maior desde a Grande Depressão (1929). Os preços das ações dos grandes bancos
mundiais já recuaram entre 25% a 30%, em 2016. O Banco Central (BC) do Japão e
os bancos europeus praticam taxas de juros negativas, com o fito de estimular o
crescimento, para evitar a crise global. O BC japonês pratica – 0,25%. Ontem, o
Banco Central da Suécia reduziu sua taxa para – 0,5%.
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