26/04/2015 - EDUCAÇÃO FINANCEIRA
Na verdade, a educação financeira
é um conjunto de conhecimentos que fluem da educação fundamental, cujas
disciplinas mais importantes são a matemática, seguida de português e ciências.
Não é a toa que o teste internacional PISA é feito dessas matérias. Neste exame
o Brasil é reprovado, por ocupar um dos últimos lugares. Nos testes do MEC, os
estudantes brasileiros ainda não atingiram nota cinco, na escala de zero a dez.
Portanto, reprovados. O que fazer, é claro, investir fortemente em educação.
Assim, como corolário aconteceria a educação financeira, cuja palavra mágica é
poupar. Como poupar se a renda é baixa? Há sempre um espaço para poupar. Poupar
é postergar o consumo presente, havendo sempre um consumo conspícuo que pode
ser postergado.
Em termos práticos, o dinheiro
circulante serve-se de moeda, cheque e cartões de plástico. Estes últimos
cresceram e são dominantes no meio circulante. Os cartões de débito somente têm
um custo mínimo de portá-los, não significante. Os cartões de crédito tem uma
armadilha, que é quando o portador resolve, por diferentes motivos, parcelar a
dívida, pagando somente 10% à vista, financiando 90%. Muitos não se importam
com os juros, referindo-se que no tempo poderá pagá-lo ou que transfere o
problema para o futuro. No Brasil de hoje, os juros do cartão de crédito são os
maiores em vinte anos. Atingem a 345,8% ao ano. Ou seja, são 10,8925% ao mês.
Um absurdo, somente compreendido pela última necessidade ou ignorância. Porém,
existe ainda a segunda modalidade de crédito mais cara, que é o cheque
especial, mediante juros chegando 220,4% ao ano, em março, maior nível desde
dezembro de 1995, quando ficou em 242,2%. Já o crédito pessoal ficou também em
março 104,5% anuais. Muitos dos devedores das formas acima estão migrando para o
crédito consignado, para pagar referidos débitos, cuja taxa anual é de 26,8%.
Informações estas divulgadas pelo Banco Central nesta semana. Ainda que se diga
“não tem outro jeito”, uma pessoa esclarecida evita cair na armadilha ou, em
último caso, vai para o consignado.
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