22/04/2015 - QUANTO DEVE SER O INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA?
A Consultoria Inter.B calcula que
o Brasil deveria investir 3% para manter a infraestrutura atual e 5% para
multiplicar investimentos. Depois da estabilização da economia, em 1994,
existiram dois governos de FHC, debruçados sobre a organização econômica, em
promover privatizações e enfrentar choques monetários externos, México, Tigres
Asiáticos, Rússia e o próprio Brasil, ele promoveu poucos planos ou programas
de longo prazo, a saber, a reforma monetária, reforma bancária e a reforma
previdenciária. A era FHC logrou uma taxa média de crescimento anual de 2,3%. A
era Lula, no seu primeiro mandato, recebeu uma lufada de demanda externa pelas
matérias primas brasileiras e elevação de seus preços, trazendo relativo
progresso, o que fez Lula lançar no seu segundo mandato (2007) o Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC 1), estimando mais de R$500 bilhões de
inversões. Lula obteve taxa média de crescimento do PIB de 4% anuais. Para o
primeiro mandato da presidente Dilma se lançou o PAC 2 (2010), com projeção de
investir mais R$1,3 trilhão. Em 2012, foi lançado o Programa de Investimentos
em Logística, em mais de R$200 bilhões. Portanto, um reforço de mais de R$2
trilhões na área. Porém, de 2007 a 2013 o País investiu R$607 bilhões, cerca de
um terço do previsto. A taxa média anual de inversões no período em referência
alcançou 2,2% anuais. Já em 2010, falava-se em PAC 3, para o período 2015-2018.
Agora, não se fala mais. Pelos acenos do ministro Joaquim Levy, na semana
passada, nos Estados Unidos, em maio, os referidos programas poderão ser
refundados. Quem sabe com as parcerias público-privadas, abandonadas
praticamente pelo primeiro mandato da presidente Dilma.
O que existe no Brasil é a
crônica falta de planejamento, causando atrasos nas obras e aumento nos custos.
Além do mais, os escândalos do mensalão, do petrolão, do eletrolão, do BNDES,
na eletronuclear, estão colocando para todos que há um esquema de corrupção que
tem de ser desmontado. As obras nascem já projetando aditivos futuros de valor.
A antecipação de obras é de que
nove aeroportos para serem licitados, sendo os primeiros de Florianópolis,
Salvador e Porto Alegre. Outra área que deve trazer novidades é a das rodovias,
com mais uma rodada de leilões, relativos à concessão de quatro trechos que
somam 2.612 quilômetros. Esperam-se ainda investimentos em hidrovias, dragagem
de portos, ferrovias.
A história do planejamento
brasileiro funcionou razoavelmente de 1949 a 1979. Porém, desde os dois choques
do petróleo que o País deixou de fazer o verdadeiro planejamento de longo
prazo. É isso que tem de ser resgatado.
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