28/06/2013 - SAÚDE DOS POBRES


A debilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) é imensa. É público o conhecimento de que não existem recursos materiais, humanos e financeiros para que a rede pública seja eficiente. Existe um caos em hospitais e postos de saúde e isto ocorre diretamente com os pobres. A classe média procura se segurar com os planos de saúde. A classe rica possui recursos para a medicina particular, podendo recorrer aos planos de saúde, mas, dificilmente, somente por acidente, socorre-se da rede pública. Porém, pelo menos há uma evolução na redução rápida da mortalidade infantil, mediante uso do Programa Bolsa Família (PRF), que envolve cerca de 14 milhões de famílias. Se for considerado que o PRF atende pessoas pobres, consideradas com uma média de quatro pessoas por família, o contingente contemplado seria de 56 milhões de habitantes. Em 2012, a população brasileira passou de 194 milhões. Portanto, os atendidos seriam por volta de 30% da população total.
Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional da Ciência, Inovação e Tecnologia em Saúde (CITECS), em 2,9 mil municípios baianos, isto é, como o Brasil tem 5.565 municípios, contemplou mais de 51% deles, revelou que a expansão da cobertura do Programa Bolsa Família levou a uma redução rápida na taxa de mortalidade infantil no País. O período sobre exame aconteceu de 2004 a 2009, analisando os efeitos em crianças menores do que 5 anos. O trabalho demonstra que, de uma forma em geral, a mortalidade de crianças caiu 20% no citado período. Para essa taxa, a equipe técnica de pesquisa chegou à conclusão que o Programa Bolsa Família foi responsável por 17% na queda das mortes infantis. O estudo revelou ainda que as mortes ocorridas por diarreia decresceram 46%, enquanto os óbitos por desnutrição recuaram 58% no período.
A pesquisa inédita do CITECS foi publicada pela revista científica inglesa The Lancet. Lá fora a imagem do Brasil se tornou positiva, não somente pela estabilidade econômica conquistada desde 1994, mas também pelos programas sociais, tipo PBF.

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