20/07/2017 - NÚMERO DE MINISTÉRIOS
As manifestações de junho
provocaram uma série de inquietações nos poderes constituídos no País. O
Executivo julgou correta a reivindicação de reforma política, afirmando que
comandaria uma proposta de Assembleia Constituinte exclusiva, mas recuou,
atribuindo a tarefa ao Congresso, porque seria um plebiscito a ser convocado
por aquele colegiado. A Câmara, na reabertura semestral, no primeiro dia, à
noite, votou de emergência a PEC 37, a qual se propunha a controlar os poderes
do Ministério Público, rechaçando-a, afirmando que colocaria neste ano em
votação uma série de projetos relativos às manifestações. Nomeou uma comissão
para a reforma política e esta acredita que não terá plebiscito neste ano e que
os resultados do que poderá ser feito em 2014, valerá apenas para as eleições
de 2016, em diante. Recuou também, afirmando ter apenas possibilidade de fazer
neste ano pequenas alterações no projeto de reforma política. O Senado aprovou
uma PEC de que parente não poderia ser suplente, no entanto, qualquer pessoa
poderia ser suplente, mesmo sem ter tido entrou de férias. Na verdade, os
congressistas estão tentando de novo iludir o povo.
Recente pesquisa da fundação
Transparência Internacional constatou que 72% dos brasileiros acham que o
Congresso Nacional é “corrupto ou muito corrupto”.
Ontem, o Brasil se surpreendeu
com uma proposta do presidente da Câmara, Henrique Alves, do PMDB, principal
aliado do PT, de reduzir o número de ministérios de 39 para 25. Contrariamente,
declarou o governador Jacques Wagner, PT da Bahia: “Não sei como ele fez essa
conta. Esse é o discurso da direita: menos Estado. E a rua está pedindo mais
presença do Estado e não menos. A leitura dele (de Alves) não é a minha. A rua
pediu para diminuir corrupção e desperdício”. Ora, governador, reduzir
ministérios que se superpõem, reduzem despesas públicas, tornando mais ágil a
máquina pública, reduzindo também corrupção e desperdício. O Estado poderia
diminuir de um lado e aumentar de outro. Sem dúvida, muito do dinheiro então
poupando serviria para investimento em infraestrutura, que o governo tanto
promete e não realiza conforme previsto. Por outro lado, a defesa aqui não é da
proposta e sim da direção do dispêndio publico. Enfim, o proponente não falou,
mas será que ele está se baseando nos Estados Unidos, que tem somente 25
ministérios?
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