24/07/2013 - GERAÇÃO DE EMPREGOS


A criação de empregos com carteira assinada no Brasil, no primeiro semestre deste ano, foi a pior desde a recessão verificada em 2009, quando quase todos os segmentos produtivos reduziram a contratação de mão de obra. Assim, entre janeiro a junho foram abertas 826.168 postos de trabalho. No primeiro semestre de 2009 foram gerados 510.984 empregos com carteira assinada. Pelos números, se a recessão foi em 2009 de 0,3%, os dados acima comparados mostram a estagnação da economia. Isto é, o incremento de mão de obra ofertada está muito próximo da mão de obra demandada. Outro dado interessante é comparar com o crescimento líquido da população de 1,5% ao ano, para uma população de 194 milhões, quando seriam acrescentados 2,910 milhões à população total. Dividido por 2 semestres, 1,455 milhão de pessoas seriam acrescentadas por semestre.
O professor de economia José Márcio Camargo, da PUC do Rio de Janeiro, assim se referiu: “Estou preocupado. A geração de emprego diminui de forma acelerada e acredito que isso repercutirá na taxa de desemprego, que deve aumentar em relação ao ano passado”.  Referido professor afirmou que os segmentos produtivos que lideravam a oferta de vagas, como os de serviços estão reduzindo as admissões. Para ele, os dados do emprego no acumulado do ano até junho mostram forte redução do emprego nos setores produtivos.
Outro dado inquietante é que o rombo das contas externas do Brasil aumentou 72% no primeiro semestre em referência, em comparação com o mesmo período do ano passado, no total de US$43,48 bilhões. Tal resultado ultrapassou mais da metade do resultado negativo esperado pelo Banco Central para este ano, de US$75 bilhões nas contas externas.
Na esteira dos resultados ruins, divulgados hoje, a confiança do consumidor despencou em julho, em relação a junho, em 4,1%, o menor nível desde maio de 2009, conforme cálculo efetuado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Agora, em julho o índice foi de 108,3 pontos. Em 2009, alcançou 103,6 pontos. A variação da queda foi a maior em 23 meses. As explicações de citada redução, segundo a FGV, deveu-se à percepção de inflação alta e as manifestações nas ruas, que fizeram o índice de confiança do consumidor tanto se retrair.

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