23-07-2013 - CUSTO DA CORRUPÇÃO


O Banco Mundial examinou 176 nações para fazer a classificação dos países mais e menos corruptos. Calcula-se que a corrupção é de 2% do PIB brasileiro. Em 2012, correspondia a R$85 bilhões. A média mundial é de 0,5%. A colocação brasileira é a 69ª posição, aparecendo mal na pesquisa. Países considerados menos corruptos estão em: 1º) Dinamarca, Finlândia, Nova Zelândia; 2º) Suécia; 3º) Cingapura; 4º) Suíça; 5º) Austrália, Noruega; 6º) Canadá, Holanda.  A impunidade no Brasil é grande. Cerca de 250 mil processos por crimes contra a administração pública ou por ações de improbidade que aguardam julgamento. Porém, somente 1.100 sentenças são definitivas por ano. Referidos julgamentos, no ritmo em que vai, poderão durar 227 anos. A corrupção não compreende apenas o setor público. As grandes empresas afirmam que já perderam negócios porque seus concorrentes pagaram propina para ganhar a concorrência. Tomados 36 países pelo BIRD, 20% afirmam ter perdido negócios por causa da propina. Os países que mais pagam propina são: 1º) Holanda; 2º) Suíça; 3º) Bélgica; 4º) Alemanha, Japão; 5º) Austrália, Canadá; 6º) Cingapura, Reino Unido; 10º) Estados Unidos; 14º) Brasil. Nos países desenvolvidos as punições costumam ser mais rápidas e mais severas. A sentença definitiva no Brasil demora dez vezes do que nos Estados Unidos.
As manifestações populares de junho colocaram muito em evidencia a corrupção praticada em obras públicas, tais como na recente construção e reformas de estádios de futebol. As reclamações das ruas fizeram o Congresso a acelerar a votação de projetos. Foi aprovado que a corrupção é crime hediondo. Mas, a lei efetiva não foi ainda aprovada. A questão é da eficácia da lei brasileira. Não adianta aprovar uma lei e ela não sair do papel. 
A justiça dos Estados Unidos condenou os maiores casos da história. A Siemens recebeu multa de US$800 milhões, em 2008, por pagar propinas em contratos, inclusive, no Brasil. A Halliburton, em 2009, foi multada em US$59 milhões, por pagar suborno em projetos de gás natural na Nigéria. A BAE foi multada em US$400 milhões, em 2010, subornou governos para vender equipamentos de defesa.
A esperança é de que a lei seja mais enérgica e isso será cobrado pela população.

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