03/07/2013 - AGRICULTURA FAMILIAR


Ontem, a abordagem foi do Plano Safra 2013-2014. Hoje, a abordagem é do Plano da Pequena Produção 2013-2014. Ela terá para financiar a próxima safra R$21 bilhões, sendo o incremento de 16,6% em relação ao ano passado. Porém, terão investimentos. Portanto, o total previsto para aplicação poderá alcançar R$39 bilhões. O referido plano comemora dez anos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), que açambarca R$5,4 bilhões do financiamento da safra.
Juntando os R$39 bilhões da pequena produção com os R$136 bilhões do agronegócio, ter-se R$175 bilhões, sendo a parcela da agricultura familiar de 22% do total. Vendo a contribuição de cada área acima, o agronegócio é responsável por 20% do PIB e a agricultura familiar por 10% do PIB. Os 10% da agricultura familiar são a metade da contribuição do agronegócio. No entanto, ela somente percebe 22% do financiamento rural. Fica, então, evidente que a força política do agronegócio em verbas do governo é muito grande.
No Brasil é assim. Existem dois ministérios para a área rural. O Ministério da Agricultura, o do agronegócio, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o da pequena produção. Ambos, somente realizam mudanças conjunturais, quando o Brasil necessita de reforma estrutural da área, para que o País venha a ser o que sua vocação histórica lhe reserva: o de ser o maior produtor rural do mundo. Aliás, quem vaticina isto, para as próximas décadas, são as projeções do Ministério da Agricultura (ou similar) do reino Unido.  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DÉFICIT PRIMÁRIO OU SUPERAVIT PRIMÁRIO?

OITAVO FÓRUM FISCAL ÁRABE EM DUBAI

BANCO ITAÚ MELHOR PERFORMANCE