27/07/2013 - REVERSÃO DE EXPECTATIVAS
O mandato da presidente Dilma tem se caracterizado por começar o ano, já pela terceira vez, mediante estimativas econômicas otimistas, vendo-as cair lentamente, terminando o ano com resultados ruins, embora o terceiro ano do mandato não tenha acabado, mas já há quem acredite até em recessão em 2013. Organismos internacionais estão ficando incrédulos. Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixou mais uma vez a expectativa de crescimento do PIB para 2,5%. Nesta semana, o órgão da Organização das Nações Unidas, criado desde o final dos anos de 1940, para acompanhar a evolução da América Latina, a CEPAL – Comissão Econômica da América Latina e Região do Caribe veio confirmar os resultados ruins aludidos pelo FMI. Assim, os países da região crescerão 3%, em média, neste ano, perante uma projeção anterior de 3,5%, isto porque o PIB brasileiro, o maior da região puxou para baixo o indicador citado. Dos países latino-americanos, o Brasil terá o terceiro menor crescimento econômico neste ano, de 2,5%, somente na frente de El Salvador (2%) e a Venezuela (1%), conforme avaliação da CEPAL.
No exterior, vem do Reino Unido a crítica mais contundente à política econômica brasileira. A revista The Economist, de mais de 200 anos de existência, há três anos afirmava que o Brasil tinha decolado em 2010. Porém, apreciando dois anos depois a citada política, em editorial de final de ano, pediu a demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, porque acreditava que ele estava levando o País para o abismo. O jornal britânico Financial Times ironizou em seu blog “beyondbrics”, em letras minúsculas para mostrar que eles, grandes emergentes, estão reduzindo seus desempenhos, deixando de serem as locomotivas que iriam tirar o mundo capitalista do fraco desempenho, envolvido em uma crise econômica desde 2008. Citando claramente Guido Mantega: “Nos últimos anos, o ministro se tornou alvo de piadas, tanto no Brasil como no exterior, pelo seu otimismo nas estimativas de crescimento do País”. Lembrou o Financial Times que em 2012, citado ministro previu incremento do PIB de 4%, quando fez chacota para uma previsão do Banco Credit Suisse, a qual era de uma elevação de 1,5% do PB, no final do ano. O resultado foi ainda pior, quando a economia somente cresceu 0,9%. Em 2013, iniciou o referido ministro a previsão de 4%, baixou para 3,5% e, agora, em meados do ano, para 3%, no ano inteiro. Ao que parece o citado ministro é que tem sido um piadista, quando deveria ser realista, por força do cargo que tem exercido, desde o longo período de dois mandatos do ex-presidente Lula.
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