07/07/2013 - POLÍTICOS ENRROLÕES




Quando as manifestações populares estiveram mais fortes nas ruas, as autoridades começaram a se mexerem a prometer rápidas mudanças. A presidente da República logo veio a público, aclamando aos políticos, que se fizesse um plebiscito para saber se a população optaria por uma Assembléia Constituinte. No entanto, grandes juristas vieram a público para afirmar que a mesma não caberia. A presidente recuou, trocando a Constituinte por um plebiscito, que seria uma consulta popular, para uma reforma política. Porém, depois de quase um mês de debates no Congresso, parlamentares empurraram a consulta popular para 2014, já que eles são os principais beneficiários das regras atuais. Para não ficar mal com as ruas, o Congresso ensaia votar uma minireforma política.  

Mais de 20 anos se passaram, assim ficou mais do que claro que os políticos brasileiros não querem a reforma política solicitada pelas ruas. O principal argumento vem do PMDB é de que adiar o plebiscito é a falta de tempo para realizá-lo, ao ponto das novas regras valerem para as próximas eleições. Isto não é verdade. Quando o próprio PMDB quis, em sessão noturna do Senado, aprovou a nova lei dos Portos. Na Câmara, também em única noite, foi derrubada a PEC 37, que previa o monitoramento do Ministério Público. Ambas as casas são dirigidas pelo PMDB. 

São quatro pontos de divergências no Congresso. Primeiro, financiamento público de campanha. O PT encampa a ideia. O PMDB não quer de jeito nenhum. Segundo, sistema político. PSDB empunha a bandeira de voto distrital, para aproximar o País ao parlamentarismo. PT e PMDB quer transformar para o sistema de lista fechada. Já quem tem maioria, como estes dois, querem esmagar as bancadas menores, tais como PP, PR, PSC. Terceiro, o fim das coligações. PMDB é o maior beneficiário, vez que negocia o seu tempo na televisão. As siglas menores tendem a desaparecer no horário eleitoral gratuito.  Quarto, fim da figura dos suplentes no Senado. Atualmente, 20% dos senadores não tiveram nenhum voto, assumindo como suplentes. PMDB seria o mais afetado. Portanto, como se expõe acima, o PMDB é o maior entrave para a reforma política.

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