19/07/2013 - EQUÍVOCOS EM SÉRIE
O que difere da presidente Dilma
para o ex-presidente Lula é que este último não fez erros em série como ela
faz. O problema número um para Lula foi o crescimento econômico. Para Dilma, o
problema número um é mostrar sua autoridade fiscal, taxando mais a quem não é
do peito e fazendo benesses a quem lhe é amigo. Isto é, ela quer dirigir aos
segmentos que a mantenha no cargo. O poder pelo poder, sem ser simpática, ser
ceder. Um dos órgãos que mais tem utilizado o crédito subsidiado é o BNDES, o
qual teve seu patrimônio reduzido em 38% nos dois últimos anos, acreditando-se
a isso os privilégios a grupos escolhidos, tais como o grupo X (de Eike
Batista), que está quebrando nas bolsas de valores. Nesse mesmo período, os
cinco maiores bancos brasileiros apresentaram crescimento médio de 25%,
conforme exames da Fundação Getúlio Vargas.
No rolo compressor da presidente
Dilma, alguns dos maiores equívocos estão a seguir:
Primeiro, desde que assumiu o
mandato, tem feito subsídios para certos segmentos empresariais, em detrimento
de outros. Isto é, gerou discriminação no seio empresarial, causando
descontentamentos. Por isso, na sua tentativa de fazer o investimento crescer,
ele recuou e a taxa do PIB no seu governo só tem caído. Uma prova mais recente
disso se deve à 41ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social,
realizada dia 17, quando somente ela falou e 80 representantes dos capitalistas
brasileiros, que só ouviram e praticamente nada falaram do que ocorreu na citada
reunião.
Segundo, deixou o investimento
público estagnado, menos de 2% do PIB há três anos. Porém, tem crescido
enormemente o gasto público corrente, criando até mais um ministério (o 39º).
Terceiro, tem culpado a situação
da crise internacional prolongada, mas não explica porque outros países latino-americanos,
tal como o Peru, assim como o Brasil tem crescido menos do que a metade dos
grandes emergentes que compõem o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do
Sul), quando o problema desta aqui dentro, por falta das reformas econômicas
prometidas e não realizadas.
Quarto, acredita que a reforma
política deve ser feita, mas transfere o problema para o Congresso, como tem
transferido os grandes problemas que as manifestações públicas colocaram em
junho, o que se traduziu abruptamente em queda a sua popularidade.
Quinto, não quer mudar de rota.
Na reunião citada ela citou que a inflação está sobre controle; parece que não
está bem assim. Além de ter-se referido aos indicadores de melhora da economia
brasileira. Ora, presidente, o problema número um é o crescimento econômico.
Sexto, esquece ela da burocracia,
o chamado custo Brasil, que somente tem aumentado. Um estudo recente da FIESP,
em termos econômicos, demonstra que a burocracia custa R$46,3 bilhões por ano
ao País.
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