18/07/2013 - CONFIANÇA DA INDÚSTRIA


A confiança do setor industrial brasileiro é a calculada mês a mês, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa da CNI é feita dentro do mês em curso. Esta foi realizada de 01 a 12 de julho, perante 2.475 indústrias, sendo 874 pequenas, 973 médias, 628 grandes. Assim, divulgou-se o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que caiu para 49,9 pontos agora em julho, perante 54,8 pontos da pesquisa de junho, recuo de 4,9 pontos, ou seja, queda de 9%. O número de julho é o menor desde abril de 2009, quando o Brasil enfrentava a crise financeira internacional, cujo marco fora marcado pela quebra do Banco Lehman Brothers, dos Estados Unidos, em setembro de 2008. No início da crise o ex-presidente Lula disse que era uma “marolhinha”, no sentido de que logo passaria, mas pegou em cheio o Brasil, que ingressou em recessão. Portanto, voltou-se ao indicador de menor confiança industrial da maior queda do capitalismo mundial desde a depressão de 1929.
Referido indicador varia de zero a cem. Um número de abaixo de 50 pontos é tido do CNI de falta de confiança dos empresários industriais na atual política econômica. O campo abaixo de 50 pontos é considerado como área negativa. É como menos de 50% dos capitalistas da indústria desaprovassem o governo da presidente Dilma.
O gerente executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, apresentou sua interpretação taxativa, publicada nos jornais de ontem: “Há dois motivos para a queda da confiança em julho. O primeiro é a retomada da política de elevação de juros e, o segundo, os protestos da população”.
A pesquisa do final do mês de junho do Instituto Datafolha indicou substancial queda do governo da presidente Dilma. Ontem também a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), em tradicional pesquisa mensal, realizada do dia 07 ao dia 10, ouvindo 2.002 pessoas. A avaliação positiva do governo da presidente Dilma caiu de 54,2%, no começo de junho, para 31,3%, em julho. A popularidade pessoal de Dilma, que era de 73,7%, em junho, caiu 34 pontos em um mês, agora seu índice de aprovação é de 49,3%. Dessa forma, nas simulações das eleições, se fossem hoje, ela ainda ganharia no primeiro turno. Contudo, cada vez mais, no caso da situação piorar, poderá comprometer o resultado no primeiro turno e tornar o segundo turno incerto, ma ainda lhe é favorável. Portanto, se quiser ter o segundo mandato, terá que reverter a situação ruim pela qual passa a economia e procurar ajudar a atender as reivindicações populares, agora, nas capitais e no interior.

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