08/07/2013 - SAÚDE PÚBLICA
O clamor das ruas está a
exigir atitudes consequentes do governo, principalmente quanto à saúde pública,
visto que o Brasil precisaria ter o dobro dos médicos para cobrir as suas
carências. Estão formados cerca de 400 mil médicos, mas somente 300 mil exercem
a profissão. Está previsto para hoje o anúncio do Programa Mais Hospitais, Mais
Médicos. A proposta é de trazer não mais 6 mil, mas 9,5 mil médicos da Espanha,
de Portugal e de Cuba. Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada
(IPEA), realizado no início do ano revelou que, dos 2.773 frequentadores do
Sistema Único de Saúde (SUS) pesquisados, o principal problema dos 58% dos
brasileiros que procuram atendimento na rede pública é a falta de médicos. Os
cálculos do IPEA revelaram que nada menos de 700 municípios (15%) não possuem
um único profissional de saúde. Em mais
1,9 mil municípios (mais de 35%), existiam 3 mil candidatos a paciente
disputando a atenção de menos de um médico por pessoa. Dessa forma, desde o início
do ano que o governo federal quer trazer médicos do exterior. O Ministério da
Defesa terá a missão de organizar a logística da vinda deles. O transporte dos
médicos será feito em aviões da FAB. O treinamento militar será para aqueles
que ficarão nas fronteiras do País. Haverá palestras sobre as doenças comuns em
áreas de fronteira e "estágio" nos hospital das Forças Armadas. Apoio
dos postos do exército em regiões isoladas e que não tenham estrutura própria
de atendimento. O apoio militar prevê ainda um período de treinamento básico na
selva com 24 dias de duração.
Existe uma polêmica entre
as autoridades e os conselhos de medicina. Para ter o diploma de médico obtido
no exterior, validado no Brasil, os candidatos precisam fazer um exame chamada
de Revalida, aplicada pelo INEP. O exame é constituido por três provas, sendo
uma objetiva, uma discursiva e uma prática. Grande parte sobre as perguntas é
sobre saúde pública brasileira. O governo federal está querendo abrir mão do
Revalida, para médicos estrangeiros interessados em trabalhar nas áreas onde há
carência de profissionais. Se tiverem o diploma reconhecido, provavelmente
referidos profissionais poderão abandonar as áreas isoladas e abrir
consultórios nos centros urbanos, onder há excesso de profissionais. Este é o
principal motivo de confronto com os conselhos regionais. Além do mais, as
provas do Revalida são reconhecidas como rigorosas, o que têm reprovado a
maioria dos médicos estrangeiros que nela se inscrevem, dizem citados
conselhos.
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