14/04/2013 - CONCESSÕES DA PRESIDENTE


Olhos postos na próxima eleição, a presidente Dilma que governa com alianças de 17 partidos políticos, dentre 30 existentes, tem feito concessões que comprometem a faxina ética feita no seu primeiro ano de mandato. Dessa forma, nomeou para o ministério dos Transportes, César Borges, hoje no PR, mas que passou a maior parte da sua carreira como política dos governos anteriores (seu penúltimo partido foi o DEM), bem como isso correspondeu a praticamente reabilitar o ex-ministro Alfredo Nascimento, afastado por sérias irregularidades, mas hoje com livre trânsito no governo. No ministério do Trabalho, foi nomeado o correligionário Manoel Dias, do ministro afastado, por sérios desvios de conduta, Carlos Luppi, hoje também prestigiado. Ambos investigados.

Para agradar os Estados governados por correligionários, o governo federal tem feito financiamentos aos Estados que já ultrapassaram a sua capacidade de pagamento. Sete unidades federativas tem se transformado em canteiros de obras, o que é positivo em ano pré-eleitoral para os aliados: Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraíba, Acre, Sergipe, Roraima e Amapá. A Medida Provisória 589 concede privilégios aos citados aliados, mediante novos convênios nas pastas da Saúde e da Educação. As contas estão estouradas, mas o que tem importado aos governos é a realização de obras.

As benesses concedidas atingiram ainda o ministério da Agricultura, quando foi retirado Mendes Ribeiro, amigo da presidente há 30 anos, sendo colocado em seu lugar Antônio Andrade. Porém, o novo ministro parece estar com os dias contados, mediante envolvimento no repasse ilegal de dinheiro durante a campanha eleitoral de 2012. Além do mais, o governo federal empenhou R$905 milhões de emendas parlamentares dos aliados. Outras emendas estão sendo analisadas.

A austeridade da gestão está virando pó. O cofre está cada vez mais aberto. Além de ter criado a secretaria da Pequena Empresa, ao nível de ministério de número 40, nos últimos dias fez vistas grossas para a aprovação de criação de quatro tribunais regionais federais, a um custo de R$400 milhões anuais. .





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DÉFICIT PRIMÁRIO OU SUPERAVIT PRIMÁRIO?

OITAVO FÓRUM FISCAL ÁRABE EM DUBAI

BANCO ITAÚ MELHOR PERFORMANCE