08/04/2013 - ESFORÇOS INEFICAZES


O estilo de gestão econômica da presidente Dilma não está agradando grande parcela dos investidores, afinal, a taxa de investimento bruto foi de 19,3% do PIB, em 2011, baixando para 18,1% do PIB, em 2012. Ademais, que se verifiquem cotidianamente as críticas da grande imprensa, que apontam que ela vem tomando providências depois que os problemas aparecem e pouco procura tomar medidas preventivas. Isto é, não adota o planejamento estratégico. Para a grande maioria da população, que tem continuado sendo beneficiada pelo aumento real do salário mínimo e pelos programas sociais, ela está com quase 80% de aprovação. Porém, o seu referido estilo não é aprovado por quem realmente investe no País, dado que ela tem elevado o gasto público, criando mais um ministério, o 39º; criando mais cinco estatais, o que aumenta a burocracia; obrigando o Banco Central a reduzir a taxa SELIC, rapidamente, a qual caiu 5,25% em um ano, para tão pouco tempo, de forma excessiva, haja vista que a equipe econômica já fala em elevá-la, bem como não reativou a economia; propondo aos bancos a reduzirem suas taxas, embora correto, não tem sensibilizado eles como deveriam; desonerando a cesta básica de consumo, mas os preços dos produtos não caem; a inflação continua crescente, mas ainda dentro do viés de alta da meta da inflação; injetando dinheiro nos bancos públicos, via elevação do aumento da dívida pública; oferecendo estímulos fiscais de forma pontual, isto é, o segmento grita, mostra que está com dificuldades e ela vai socorrer; mas, o referido socorro é de prazo limitado e insuficiente. Por outro lado, a economia mundial se encontra cada vez mais competitiva e pouco tem sido feito para reduzir o chamado “custo Brasil”, vale dizer, as parcerias entre investimento público com investimento privado são muito poucas até agora, apresentando gargalos na infraestrutura cada vez mais sufocantes, tais como portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, dentre outros. O estilo de direção econômica, de toda semana, praticamente, fazer um pacote econômico, não está agradando aos investidores de peso, que solicitam medidas estruturantes. Em resumo, a presidente Dilma, como economista, tem ideias de manter um Estado forte, com a sua direção de mesma forma. Tal posição somente funcionaria com o planejamento de longo prazo, com medidas de curto prazo tem sido um fracasso. Diferentemente do ex-presidente Lula que delegou a direção da economia à equipe econômica. Afinal, o que ele entende bem é de política. Com Dilma, citada equipe esta tendo efetiva autonomia só de forma aparente.

Assim, o esforço do governo para fazer com que a economia volte a crescer, ao realizar subsídios fiscais, em três anos, é de R$366 bilhões, conforme cálculos do ministério da Fazenda, o que seria por ano R$122 bilhões, por volta de 10% do orçamento federal, muito embora se saiba que se “dá com uma mão e se tira com outra”. Isto é, os incentivos fiscais elevam a produção e trazem como contrapartida mais tributos. Afinal, a carga tributária anual não para de crescer em termos reais.

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