11/04/2013 - INFLAÇÃO EM ALTA




A notícia econômica mais preocupante é a inflação ter ultrapassado a meta (4,5%) mais o viés de alta (2%), ou seja, 6,5%, alcançando em março 6,59%, em doze meses. Nesse sentido todos ficam preocupados. Os trabalhadores, por verem seus salários corroídos mensalmente. Os capitalistas, porque terão de recompor margens, se não quiser ingressar em maus resultados. O governo, em errar suas previsões e perder parte da credibilidade que alcançou em 18 anos de existência do Plano Real.  

A oportunidade dos participantes da oposição de protestar contra a política econômica surgiu com força ontem, em face do recrudescimento inflacionário. Eles ingressaram com carrinhos de compras no plenário da Câmara Federal, ostentando faixas contra a escalada inflacionária. Em resposta, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo não poupará medidas para controlar a inflação. Afirmou que em breve serão anunciadas desonerações dos segmentos sucroalcooleiro e químico. Insistem com a política econômica pontual e discriminatória. Isso não tem levado a lugar nenhum, para incrementar o PIB. Referiu-se a que: “Estamos atentos à inflação porque ela é prejudicial à economia brasileira. A boa notícia é que a inflação de março foi menor do que a de fevereiro e de janeiro. A inflação de serviços já reduziu em março. O maior vilão é alimentos. Em março vai haver crescimento da indústria, mas o importante é a recuperação do investimento”.

A equipe econômica está em uma encruzilhada: vê a inflação subir. Se elevar a taxa básica de juros, para combate direto da inflação, comprometerá uma maior taxa de crescimento do período Dilma. Se o PIB recuar das previsões de 3% do próprio governo, poderá haver desemprego e elevar a inadimplência. Não fazendo nenhuma das duas hipóteses, somente lhe restará cortar gastos públicos. O que não demonstra querer. Enfim, se não fizer nada, tudo indica que o crescimento será medíocre, aquém dos 3% anunciados.

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