13/04/2013 - PESSIMISMO NO FAROL
Sem dúvida, a imensa maioria dos
brasileiros procura ser otimista, no farol, bem como procura colocar o
pessimismo no retrovisor. No entanto, os indicadores apresentados para três
meses sugerem pessimismo no farol. Claro, somente admitem a continuidade de tal
situação “malvados projetistas”. Bem verdade, eles tem vários motivos para
assinalar uma retração no índice projetado de crescimento de 3%, neste ano.
Inflação acima da meta com viés de alta, indústria caindo fortemente e falta de
confiança dos consumidores e dos empresários, segundo as estatísticas de
fevereiro e março deste ano.
O economista brasileiro, vivo,
com mais de 82 anos, mais famoso, sem embargo, é Antônio Delfim Netto. Ele
escreve semanalmente no jornal Valor Econômico e na revista Carta Capital, além
de ser informalmente consultor dos governos do PT. Pelo menos, isso acontecia
com Lula. Dilma, não revela se o consulta. A propósito, ela é economista e tem
orgulho em não citar outros economistas que possam ofuscar suas ideias. Delfim
tem postura governista e assim escreveu, na Carta Capital, de 20 de março: “A
divulgação dos números, confirmando o fraco desempenho da economia em 2012
induziu à criação de um clima de pessimismo em relação à possibilidade de
recuperação do crescimento neste ano, que somente agora começa a se dissipar
com os sinais incipientes de retomada da produção industrial e da consolidação
dos números do bom movimento de comércio embalado pelas festas de fim de ano. O
pessimismo foi evidentemente exagerado, na medida em que se ignorou o progresso
social a gestar uma classe média mais educada e mais exigente de qualidade dos
serviços públicos, sem a qual não se consolidam as instituições democráticas
capazes de aumentar paulatinamente a igualdade de oportunidades”.
Por enquanto, não estão se
dissipando os ventos de maldades. A atividade econômica, segundo o Banco
Central divulgou ontem recuou – 0,52% em fevereiro, conforme um recente cálculo
do BC, que pretende ser uma prévia do índice divulgado do IBGE, geralmente
superior àquele, em cerca de alguns dias do realmente divulgado pelo IBGE, por
várias vezes se constatou.
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