31/10/2012 - CUSTO LOGÍSTICO
A maior escola de negócios do
País fica em Minas Gerais. É a Fundação Dom Cabral (FDC). Através do Núcleo de
Infraestrutura e Logística, o coordenador Paulo Rezende informou à Folhapress
dados da pesquisa inédita em que as deficiências logísticas, demonstradas pelas
estradas ruins, carga, descarga em centros urbanos e falta de ferrovias custam
às empresas brasileiras 13% das suas receitas brutas. Referido custo engloba a
manutenção de caminhões, reposição de pneus e custo de combustíveis. Já era
conhecida a perda média de cargas dos caminhões nas estradas trafegadas pelo
Brasil, de até 30%, assim como é estimado que o desperdício de materiais das
construtoras também se aproxima de 30%. O sistema de transportes brasileiro é o
mais caro, cerca de 70% é por via terrestre. Já o transporte de longa distância
é responsável por 38% do total, conforme revelaram as 126 empresas consultadas,
responsáveis por 20% do PIB. O segmento agropecuário é o de maiores perdas em
logística. Segue-lhe a construção civil.
Quem paga por isso são os
consumidores. Porém, quando os custos não podem ser transferidos, são as
empresas que suportam, reduzindo suas margens.
O estudo da Fundação Dom Cabral
comparou a situação brasileira com a dos Estados Unidos. Observou que enquanto
no Brasil por cada R$100,00, algo como R$13,10 são custos logísticos, já nos
Estados Unidos referidos custos correspondem a R$7,50. Acresça-se ao custo
logístico os custos com armazenagem e distribuição urbana.
Os 71% das empresas entrevistadas
sugerem que, para reduzir os custos de logística, deveria o País contar com
ferrovias e outros meios de transporte de integração.
Por oportuno, o Tribunal de
Contas da União remeteu ontem o relatório anual ao Congresso Nacional,
recomendando a suspensão de 22 obras, a maioria de estradas. A relação aponta
prejuízos de R$2,4 bilhões, decorrentes a metade deles de superfaturamentos.
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