18/10/2012 - POTENCIAL DO EMPREGO
O
potencial da mão de obra no Brasil ainda é muito grande. Vale dizer, aqueles
que poderiam trabalhar mais e com maior produtividade. A população brasileira
pode ser dividida em três grupos. A População Economicamente Ativa (PEA), em
2011, por volta de 93,5 milhões, correspondentes a aproximadamente a metade da
população brasileira de 192 milhões, sendo efetivamente empregados 86,4
milhões, mas 7,1 pessoas estavam em busca de emprego, o chamado desemprego
fricativo (8,2%), ou estavam no seguro desemprego, ou estavam mudando de
emprego, fazendo com que a taxa de desemprego líquido tenha alcançado a sua
maior baixa da história, em agosto de 2012, representando 5,2% de efetivamente
desempregados. Já a População Não Ativa (PNEA) correspondia no ano passado a
68,5 milhões, relativos a 36% da população total. Grande parte destes é de
crianças e aposentados. No entanto, boa parte destes milhões é adulta, que não
estão ativos, seja por falta de vontade, qualificação ou oportunidade. Portanto,
é reconhecida que o Brasil se encontra em situação de aproveitamento do bônus
demográfico, situação na qual o número de pessoas que trabalham tende a atingir
o máximo, em proporção àquelas que precisam ser sustentadas. Conforme o Banco
Mundial, o bônus em referência durará até 2020, quando a situação começará a
reverter-se. Os caminhos estão abertos desde 2003, quando em agosto a taxa de
desemprego aberto correspondia a 13,1%, caindo rapidamente para 10,7%, em
agosto de 2006, 8,1% em agosto de 2009 e 5,2% em agosto de 2012. É possível que
possa cair mais, por alguns anos. Porém, o limite está chegando a situação
única, que ocorreu com países como o Japão, a Coréia do Sul, a China, que deram
grandes saltos de desenvolvimento.
Pelo
menos, poderiam ser tomadas três medidas, para melhor proveito das atuais
circunstâncias. A primeira, aumentando a população ativa com melhor educação,
para incrementar a produtividade. A segunda, incentivar mais pessoas a
trabalhar, principalmente os mais velhos, que possam a voltar a ser produtivos,
visto que a esperança de vida já passa de 73 anos. Terceiro, a criação de
creches para poder permitir a muitas mulheres, que hoje estão em casa, cuidando
dos filhos, o seu ingresso no mercado de trabalho.
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