13/10/2012 - PROTECIONISMO ECONÔMICO
Das relações de troca
de mercadorias internacionais nasceu o protecionismo econômico. A teoria
demonstra fartamente que um país, ao manter vantagem no comércio internacional,
é porque produz a um custo mais baixo e, portanto, pode vender a um preço mais baixo,
ganhando na troca mundial. Há, ainda, aquele país que, mesmo com um custo
produtivo mais alto, subsidia a produção ou a isenta de impostos (dumping),
para vender a um preço mais baixo. Por tudo isto, os países, desde o advento do
capitalismo, começaram a colocar barreiras protecionistas as suas importações,
que vão de tributar mais elevadamente, ao contingenciamento ou até a proibição
da importação. Mediante a guerra de preços, após a nova ordem econômica, após a
segunda guerra mundial, foi criado o Acordo Geral de Tarifas de Comercio (GATT,
sigla em inglês), substituído o nome em 1995, por Organização Mundial do
Comércio (OMC), fórum internacional onde são colocadas regras e julgadas as
práticas comerciais dos países membros, que são quase todos os do globo.
Recentemente, o Brasil
elevou as tarifas sobre 100 produtos, prometendo elevar de mais 100 deles, mas
dentro dos limites máximos dos parâmetros fixados pela OMC. Sobre o assunto,
alguns países reclamaram vindo o protesto mais veemente dos Estados Unidos. O
principal argumento deles é de que a tarifa média de importação deles é de
1,4%, enquanto a do Brasil é de 11,6%. Vendo, mais globalmente, a tarifa média
chinesa é do tamanho da brasileira. A tarifa média indiana é bem superior, de
12,6%. Ademais, o leque de importados deles é imensamente superior ao leque de
importados brasileiros. No entanto, eles nada podem fazer porque está dentro
das normas internacionais, até porque eles o fazem assim, são, por excelência,
protecionistas, em termos de taxar produtos, haja vista que são os maiores
importadores mundiais, em quantidades e valores.
Tradicionalmente, o
Brasil abre as Assembléias Gerais da ONU, em setembro. Desta feita, a
presidente Dilma discursou, após os protestos americanos de elevação de tarifas,
argumentando que os Estados Unidos têm a arma econômica mais poderosa do
planeta, que é a sua moeda, o dólar. O argumento, poderosíssimo, a qual os
Estados Unidos nunca respondem, a nenhum país,visto que a China é quem mais
reclama, permite aos americanos emitirem moeda, sem lastro, o que barateiam as
exportações americanas e encarecem as importações deles, havendo o contrário
para qualquer país. A ocorrência procede desde a criação do FMI, em 1944,
quando o dólar passou a ser moeda padrão das trocas internacionais. A
decorrência mais contundente é que as indústrias dos países fora do eixo de uso
do dólar como moeda oficial, não conseguem sobreviver, sendo a mortandade
conhecida com o nome de desindustrialização.
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