19/10/2012 - EDUCAÇÃO SUPERIOR
Na reunião anual da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de 1977, apresentava Darcy
Ribeiro, seu trabalho “Sobre o Óbvio”, no qual examinava a lentidão com a
educação caminha no País. Afirmava ele que os colonizadores, imigrantes e
naturais deste País, coletivamente, somente criaram a primeira universidade
brasileira, em 1920, a atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, porém, foi
instalada no prédio do Instituto dos Cegos, ironizou ele. Já a primeira
faculdade, a de Medicina da Bahia, foi criada em 1808, por Dom João VI.
Enquanto em muitos países as universidades existiam há vários séculos.
Comparando as Américas, nos Estados Unidos, há 380 anos foi criado o embrião da
primeira universidade daquele país, depois de 16 anos dos ingleses chegarem à
região de Boston, hoje compondo o Estado de Massachusetts. Lá, hoje há 100
instituições de ensino superior consideradas como as melhores do mundo. Com
doações de livros do pastor John Harvard, a instituição começou a funcionar em
1636, adotando o nome do padrinho. A Universidade de Harvard é considerada uma
das melhores do globo. O atual presidente americano, Barack Obama, formou-se em
direito por lá. Em Boston tem ainda outro centro de excelência, também muito
famoso, o Massachusetts Institute of Technologie (MIT). No ranking do Times
Higher Education, que examina 500 universidades, entre as dez primeiras, sete
são americanas e três inglesas. Em 1º, Instituto de Tecnologia da Califórnia,
nos Estados Unidos; em 2º, Universidade de Oxford, no Reino Unido; em 3º,
Universidade de Stanford, nos Estados Unidos; em 4º, Universidade de Harvard,
nos Estados Unidos; em 5º, Massachussets Institute of Technologie, nos Estados
Unidos; em 6º, Universidade de Princeton, nos Estados Unidos; em 7º,
Universidade de Cambridge, no Reino Unido; em 8º, Universidade Imperial de
Londres, no Reino Unido; em 9º, Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos;
em 10º, Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.
Até 2010, não havia
nenhuma universidade brasileira figurando no quadro de excelência das 200. A
única universidade que agora está entre as 200 é a Universidade de São Paulo
(USP). Saiu do referido ranking de 232º, em 2010, para 178º, em 2011, agora, em
2012, ocupa 158º lugar. Ganhou 74 posições. Na América Latina, a USP mantém o
primeiro lugar. No cenário brasileiro, a Universidade de Campinas é o outro
único exemplo de instituição que está buscando status internacional. O
principal motivo da arrancada da USP é o aumento do investimento em pesquisa.
Para a revista Exame, datada de 17-10-2012: “A Universidade de São Paulo parece
ter iniciado uma escalada para galgar posições mais elevadas, como mostra seu
desempenho nos mais recentes rankings globais. Falta ao Brasil que este exemplo
seja multiplicado”. Em arremate decisivo, a citada revista concluiu: “Nenhum país
tem tantas escolas superiores de qualidade quanto os Estados Unidos. São
americanas sete das dez melhores no ranking mundial. Essa proliferação foi
fundamental para o sucesso da economia americana, a mais produtiva e inovadora
do mundo, mesmo com a crise atual”.
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