30/01/2012 - ORÇAMENTO DO BNDES
Somente agora se conhece o definitivo orçamento do BNDES para este ano, previstos R$50,3 bilhões. Ele é menor em 10,3%, quando o orçamento foi de R$56,1 bilhões em 2011. Como explicar isto, visto que o discurso do governo federal é de realizar investimentos fortes em infra-estrutura? Afinal, desde 21-01-2007 que o governo vem declarando apoio ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), inclusive desdobrado em PAC 1, PAC 2 e PAC 3, cada um dele para um horizonte de quatro anos.
A teoria econômica afirma que o papel do Estado é o de multiplicar os investimentos, enquanto cabe à iniciativa privada acelerá-los. Portanto, o PAC vem dessa inspiração keynesiana. Os investimentos em infra-estrutura são as prioridades de governo e eles começam ou desencadeiam os investimentos empresariais. Portanto, estratégicos são os investimentos em energia, transportes, telecomunicações, saneamento, segurança, portos, aeroportos, estradas, logística, dentre outras áreas.
O governo federal precisa estabelecer marcos regulatórios claros, mostrando a firme disposição em fazer parcerias entre as áreas públicas e privadas. No momento em que atrai as atenções mundiais, por encontrar-se com a economia estabilizada, de moderada crescimento em um planeta cuja parte rica está em recessão, de sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2014, após mais de 60 anos que sediou a primeira, além da Olimpíada de 2016.
Os pontos de estrangulamento na infra-estrutura brasileira precisam ser resolvidos logo, tendo em vista que o País precisa aproveitar a boa maré do seu crescente mercado interno e as boas possibilidades de exportações de commodities. Espaço tem muito para crescer, está faltando mais ousadia e determinação para realizar as reformas econômicas, sociais e políticas.
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