28/01/2012 - PESQUISA MENSAL DE EMPREGO


Tradicionalmente, o IBGE divulga a pesquisa mensal de emprego que realiza em seis regiões metropolitanas brasileiras e serve de proxy para o Brasil como um todo. Na verdade, trata-se das seis maiores conglomerações urbanas. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Brasília, Recife. Por isso mesmo, é a grande referência brasileira no aspecto de nível de emprego. O Brasil deve ter para os 5.565 municípios aproximadamente mais de 90 milhões de trabalhadores. Muitos não constam das estatísticas, seja porque não são registrados ou não estão formalizados. Em 2011 foram pesquisados em média 11,2 milhões de trabalhadores, quando foi revelado que a taxa de desemprego ficou em 6%. É uma das menores da história. Sem contar que é quase a metade daquela verificada dez anos atrás, que era superior a 11% da população economicamente ativa.

Enquanto a economia brasileira cresceu cerca de 6% em 2011, o nível de emprego se elevou em 6,8%, no mesmo período, em relação a 2010. A expansão dos postos de trabalho da pesquisa aumentou de 46,3% para 48,5%. O interessante é que a taxa de desemprego em novembro fora de 5,2% e em dezembro de 4,7%. Claro, isto por força das vendas do fim de ano que turbinam o nível de emprego.

Os que sempre mais se comentam são os indicadores de renda e emprego de homens versus mulheres. No ano de 2011 o desemprego masculino foi de 4,7%. Já o desemprego feminino foi de 7,5%. O salário médio dos homens foi de R$1.857,64, enquanto o salário médio das mulheres foi de R$1.343,81. Ou seja, 28% menor.

Considerando a situação internacional, o desemprego dos países ricos hoje alcança em média 10%. No caso da Espanha é superior a 21% da população economicamente ativa. Nos países onde o desemprego é baixo, tal como a Rússia e a China, ele é em média menor do que 3%. Logo, o Brasil está a meio termo entre as duas faixas em referência. No que tange ao PIB, a taxa de crescimento do brasileiro é bem superior ao daquela dos países ricos nos últimos cinco anos e fica a meio termo dos ditos países emergentes dos BRICS. Não é para comemorar, mas para acreditar que a economia possa voltar a crescer a melhores taxas possíveis.

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