27/01/2012 - INFRAERO SERÁ ESPÉCIE DE PETROBRAS

Sem dúvida que a imensa maioria da população não sabe que existe um novo ministério, o da Aviação Civil, comandado por Wagner Bittencourt, o qual declara que “a Infraero será a Petrobras do setor aéreo”. Parece uma resposta para superar o “apagão aéreo” que existe no Brasil desde 2001, quando os aeroportos deixaram de ser efetivamente de elite, visto que, desde a estabilização da moeda, o real, a partir de 1994, a classe média vem comparecendo maciçamente aos vôos de avião. Na verdade, a criação de um ministério é a tentativa de resolver o “apagão”, que ainda persiste. No segmento não havia espera, bem como tudo era organizado. Desde 2001 explodiu uma bagunça, que parece não ter fim, que agora o governo quer organizar.

A estatal está se preparando para no médio e longo prazo competir com as grandes operadoras internacionais, inclusive podendo adquirir empresas, por determinação da presidente Dilma. O plano de aprimoramento é a partir de concessões, que fará a gestão em termos internacionais. A Infraero terá 49% dos aeroportos e será ao mesmo tempo autoridade aeroportuária. O ministro afirma que o modelo será semelhante ao da Eletrobras, uma estatal, que é sócia de agentes privados em diversos projetos na área de energia.

Segundo Bittencourt os funcionários dos aeroportos estão sendo treinados para exercer novas funções e resolver os problemas de apagão. A estimativa da Secretaria de Aviação Civil, que tem status de ministério, é de que 60 aeroportos estejam em funcionamento até 2014 com novo modelo de gestão. O governo federal estima investir R$2,3 bilhões até o fim do governo, para colocar em funcionamento todos esses propósitos.

Haverá leilões para as privatizações, assim como os ganhadores, sejam de capital nacional ou capital estrangeiro, terão credenciamento para obter financiamentos do BNDES. A corrida do ministério em referência é de atender as necessidades dos vôos da Copa de Futebol de 2014. Ademais, pretende a Infraero, conforme os resultados que obtiver aqui, partir para concorrer às operações de aeroportos fora do País.