12/01/2012 - PETRÓLEO NÃO É TRATADO COMO OURO


A última página da revista Exame, da última quinzena do ano, edição 1.007, 45 anos, traz entrevista com Terry Tamminem, guru ambientalista e ex-secretário do governo de Arnold Schwarzenegger na Califórnia, Estados Unidos, em recente viagem ao Rio de Janeiro. O título dado à entrevista “É preciso tratar o petróleo como ouro”. Sem dúvida, ele tem razão, o petróleo deveria ser poupado e ter usos nobres, visto que as petroleiras não têm cuidados devidos com o meio ambiente e desperdiçam a matéria prima tão importante, também conhecida como “ouro negro”. Por oportuno, as três primeiras das sete perguntas feitas a ele se referem ao Brasil, o que será visto abaixo.

“1) É possível viver sem petróleo? Claro que ainda precisamos de petróleo. Viajei dos Estados Unidos para o Brasil num avião, obviamente, movido por um derivado de petróleo. Mas, o atual nível de poluição e devastação pode ser evitado. Se as petroleiras fizessem mais investimentos, poderíamos evitar acidentes como o recente vazamento da Chevron no Brasil. Não há nada de errado com o petróleo. O problema é a forma como o usamos. Não deveríamos queimá-lo, mas, sim, tratá-lo como ouro. Há produtos como plásticos e remédios que dependem muito mais do petróleo do que os meios de transporte”.

“2) Quais são os riscos da exploração do pré-sal? Já foi dito que a Idade da Pedra não acabou por falta de pedra e a do petróleo não acabará por falta de petróleo. Pagamos um preço cada vez maior para extraí-lo. No Canadá, cogita-se até de construir usinas atômicas para tornar viável o petróleo no futuro, um absurdo. Talvez essa não seja a situação do pré-sal, mas o caso brasileiro não está longe. O momento de transição já chegou”.

“3) Qual o papel do etanol nessa transição? O Brasil é um ótimo exemplo, com seus veículos flex. Sem falar que o etanol proveniente da cana-de-açúcar é muito mais sustentável do que o etanol americano feito do milho. Há milhões de veículos em todo o mundo que precisam de um novo combustível liquido porque não podemos, repentinamente, transferir toda a frota para algo completamente novo, como os veículos movidos a hidrogênio”.

Referido ambientalista tem razão. Porém, as petroleiras vêem em primeiro lugar a taxa de lucro. E, como tal, não há melhor negócio do que queimar petróleo. A quebra de braço é boa para a comunidade mundial. Pelo menos, as petroleiras têm que tomar mais cuidados.

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