06/01/2012 - INFLAÇÃO OFICIAL


No Brasil a inflação oficial é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgada hoje. Segundo o IBGE ela ficou em 6,50% no ano de 2011. A taxa do IPCA é a maior desde 2004. Cravou igual à meta da inflação de 4,5% mais o viés de alta de 2,0%. Tamanha coincidência faz a população acreditar na tradicional manipulação desse indicador. As razões da expansão do índice se deveram ao aumento de renda, a expansão do emprego e o aquecimento da economia, segundo o IBGE. O número citado é preocupante, visto que os salários vão subir, enquanto o mercado de trabalho estiver em forte alta em 2012. Ademais, O salário mínimo no dia primeiro deste ano foi reajustado em 14% e as aposentadorias serão em 6,08%, cobrindo quase a inflação integral.

Argumenta o governo federal que a inflação não ficou mais alta em razão da redução do IPI sobre eletrodomésticos da linha branca, fogões, geladeiras e máquinas de lavar, no final de 2011. Com os eletrodomésticos mais baratos em dezembro, os artigos de residência caíram 0,87%, influenciando em 0,03% no IPCA. As principais altas em 2011 foram: passagem aérea, 52,91%; etanol, 15,75%; serviços bancários, 12,46%; empregados domésticos, 11,37%; manicure, 11,29%; aluguel, 11,01%; refeições fora de casa, 10,49%; colégios, 8,09%; planos de saúde, 7,54%. O indicador a 0,50% surpreendeu bastante, em dezembro.

Quanto aos preços administrados pelo governo, houve uma redução da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (CIDE), autorizada em novembro, para impedir que os aumentos da gasolina e do diesel, elevações que poderiam ter alto efeito disseminador nas cadeias produtivas. O impacto da gasolina foi de elevação de 10% e no diesel de 15% pagos à Petrobras. Na verdade, o preço do barril do petróleo disparou e não foi acompanhado pelos preços internos.

A caderneta de poupança, que é a maior fonte de recursos dos indivíduos, encerrou o ano passado com ganho real de 0,94%, mesmo valor registrado em 2010. O desempenho é o quarto pior desde 1994. O calculo se faz com rendimento nominal da poupança de 7,5%, com inflação no mesmo período de 6,5%. O resultado de 2010 apresentou poupança de 6,9% e inflação de 5,91%.

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