16/01/2012 - VIOLÊNCIA E SAÚDE
Desde 1980 que a violência é a principal razão da morte de homens entre 15 a 25 anos no Brasil. A situação piora quando os homens jovens são também de baixa escolaridade, negros e pobres. Conforme o IBGE, dados de 2007, de cada cem mil homens, 46 eram vítimas de assassinatos. A intersecção com a saúde ocorre no campo das drogas lícitas e ilícitas. O álcool é aquele que mais mal faz em números, devido ao seu uso generalizado e indiscriminado. O IPEA calcula que o custo da violência alcança 2,5% do PIB.
A articulação das diferentes instâncias do poder público, tais como educação, saneamento, habitação, saúde, transportes, segurança, tem sido tarefa bastante complexa, chegando ao Sistema Único de Saúde (SUS), quando a violência se materializou. Porém, o SUS não reúne condições de prevenção e tratamento adequadas.
Existe uma discussão no País que é uma falácia. Fala-se que faltam recursos para as áreas acima citadas, muito carentes, consoante é sabido. No entanto, não faltam, os recursos é que não a elas se destinam. A prova disso é que o PIB do ano passado cresceu por volta de 3% e a arrecadação em torno de 17%.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) levou a que se criassem outros derivativos importantes, tais como o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI). Todavia, o PAC não caminha a contento e tem uma das suas maiores obras hoje paralisadas, que é a transposição das águas do rio São Francisco. O PDE apresenta pequenos e lentos resultados. O PRONASCI, que deveria servir para a formação de policiais, construção de postos de polícia comunitária, cadeias e penitenciárias, não recebe recursos prometidos, alegando o governo que ele está “em fase aprimoramento de gestão”. Ora, para o PRONASCI o que seria fundamental logo seria um sistema de inteligência sobre segurança pública, drogas e prisões.
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